Criança é encontrada em quarto de motel com a mãe e dois homens

Na manhã desta sexta-feira (21), às 5h30, uma mulher e dois homens foram presos por levarem uma criança num motel localizado na Avenida Mascarenhas de Moraes, em Campo Grande.

Uma das funcionárias informou que, a princípio, só havia visto o casal dentro do veículo. Depois, eles erraram o quarto e, quando outra funcionária foi avisá-los, acabou vendo o segundo homem.

Após 1 hora da permanência, ouviu o choro do menino de 2 anos e foi verificar. Foi então que viu um dos rapazes de cueca, com a criança no colo.

A PM (Polícia Militar) foi acionada e eles foram encaminhados para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Diante da situação, a mulher começou a ameaçar as funcionárias, dizendo que iria matá-las.

A delegada Nelly Macedo informou que está sendo avaliado o caso e que ainda não tem os detalhes do motivo de a criança ter ido junto ao motel. “Nós estamos avaliando se houve a prática de satisfação de lascívia mediante a presença de criança e deliberando a respeito da lavratura em flagrante. A mulher era mãe da criança, ela alega que um dos homens era pai, embora outro tenha feito o registro, e o outro não tem relação nenhuma”, informou. O termo lascívia usado pela delegada durante a entrevista se refere a desejos sexuais.

A conselheira tutelar que atendeu a ocorrência, Eliane Diniz, disse que ainda não se sabe se a criança presenciou o ato sexual. “Não se sabe se estava dentro do carro. Nesse momento, entraram mais outras pessoas [do motel] e pegaram a criança, mas eles já estavam no ato sexual e acharam camisinha no quarto. Foi nesse momento que a polícia foi chamada e o Conselho Tutelar também. Não dá para falar que ela presenciou, mas estava no colo do cara de cueca, eu entendo que ela presenciou”, explicou.

Ainda de acordo com a profissional, foi necessário dar banho no menino, pois estava suja desde quinta-feira (20), além de estar com a fralda suja. “Demos banho na criança, a criança suja desde ontem, um cheiro insuportável, com fezes. É absurdo o que ela fez com essa criança. Não sabemos se vamos acolher ou entregar para a família. Estamos procurando a avó da criança. Se não achar a família extensa, vamos ter que acolher”, finalizou.