Publicado em 21/10/2019 às 09:00, Atualizado em 13/09/2024 às 19:39

Deputado Gerson Claro é contra prisões em 2ª instância e diz "...que os ministros não ouçam o clamor popular..."

Se o STF seguir o “clamor” do Deputado Gerson Claro, serão beneficiados 38 condenados da Lava Jato, dentre eles o ex-presidente Lula

Redação ,
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Se o STF seguir o “clamor” do Deputado, serão beneficiados 38 condenados da Lava Jato, dentre eles o ex-presidente Lula

Na quinta-feira (17), data do começo do julgamento pelo STF, sobre a mudança ou não da prisão em segunda instância, o Deputado Estadual Gerson Claro Dino, do PP, usou a tribuna da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL para se manifestar a favor da mudança de entendimento por parte do STF.

“Subo à tribuna para fazer um clamor na defesa da Carta Magna para este julgamento e que o STF começa a partir de hoje. E que os ministros não ouçam o clamor popular ou interesses de partidos e pessoas. Temos que evitar o estrabismo republicano, confundindo pessoas com instituições, pois as pessoas passam, mas as instituições não”, afirmou Dino.

Seu discurso vem em completo desencontro com a defesa da sociedade que clama por justiça, principalmente para a punição de criminosos do colarinho branco, os mais prejudicados com a prisão em segunda instância, pois por ocuparem funções públicas, com acesso ao erário público, sempre constituíram ricas defesas e rolaram processos intermináveis, sempre concorrendo e vencendo eleições sem que respondam pelos crimes praticados contra essa sociedade que clama por justiça.

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Deputado Gerson Claro Dino é denunciado, pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por irregularidades no trato do dinheiro público

Lembrando que o Deputado Gerson Claro Dino é denunciado, pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por irregularidades no trato do dinheiro público, principalmente no período em que esteve à frente do DETRAN/MS, o que deixa a entender que o discurso do Deputado Dino não clama pela defesa da CONSTITUIÇÃO FEDERAL e sim pela defesa de seus próprios interesses.

Se o Supremo modificar o entendimento, de prisão após condenação em segunda instância, muitos criminosos do colarinho branco serão beneficiados, devolvidos às ruas e até indenizados, um verdadeiro retrocesso para um País que busca se livrar do título de “PARAÍSO DA CORRUPÇÃO”, e o julgamento poderá beneficiar 38 condenados da Lava Jato, dentre eles o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que está preso.