Publicado em 24/09/2025 às 14:24, Atualizado em 24/09/2025 às 18:28

Exame necroscópico de arquiteto é adiado em respeito às tradições chinesas

Atendendo a um pedido do consulado da China, necropsia só será realizado quando familiares chegarem de Pequim.

Campo Grande News,
Cb image default

O arquiteto chinês Kongjian Yu uma das vítimas do acidente aéreo no Pantanal (Foto: Reprodução/IFLA)

O corpo do arquiteto chinês Kongjian Yu permanece lacrado no IML (Instituto Médico Legal) de Campo Grande. Atendendo a um pedido do consulado da China e em respeito às tradições religiosas do país, o exame de necropsia só será realizado quando familiares chegarem de Pequim, ocasião em que também será feita a coleta de DNA. Ele é uma das quatro vítimas do acidente aéreo ocorrido na tarde de terça-feira (23) na região da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande,

Conforme apurado pelo Campo Grande News, as outras três vítimas, o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, o documentarista Rubens Crispim Junior e o piloto Marcelo Pereira Barros, já passaram por necropsia. No entanto, a liberação dos corpos depende do resultado do exame de DNA, já que não há possibilidade de identificação visual ou por impressões digitais devido à carbonização dos corpos causada pela explosão.

Amostras de material genético foram coletadas e aguardam confronto com o DNA das famílias, para que a identificação de cada vítima seja confirmada antes da entrega dos corpos.

Os corpos das vítimas chegaram ao IML de Aquidauana por volta das 7h30 de hoje, após, a operação de busca e resgate do Corpo de Bombeiros que durou cerca de nove horas, em razão da distância e das condições de acesso. Três militares e uma viatura participaram da ação, sem necessidade de equipamentos de desencarceramento.

Investigadores do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) isolaram a área, de difícil acesso, para apuração das causas do acidente. Há suspeita de que o piloto tenha tentado uma arremetida, manobra para abortar o pouso e subir novamente, antes de perder altitude e cair. Consulta à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) revela que o registro da aeronave não permitia operação de táxi aéreo.

A identificação oficial das vítimas só será concluída após a chegada das famílias e a confirmação por DNA, o que pode prolongar o processo de liberação dos corpos.