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Falta de Combustível pode ter sido a causa do acidente com a delegação da Chapecoense

Brasileira que disse estar no outro voo revela: avião estava atrasado e voltou

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Passando férias na Colômbia, Maysa Brito publica relato na internet em que confirma falta de combustível e descreve cena: "Todo mundo com medo de pegar outro avião"

A nova versão das autoridades colombianas, de que a falta de combustível foi a causa do acidente aéreo que vitimou quase todo o elenco da Chapecoense na madrugada desta terça-feira, em Rionegro, região de Antióquia, na Colômbia, ganhou amparo nas redes sociais. Em sua página no "Facebook", a brasileira Maysa Brito, moradora de Uberlândia, disse que estava no segundo avião, que voava de Bogotá para San Andrés quando relatou um vazamento de combustível. Como prova, fez check-in no início da tarde no aeroporto Eldorado, em Bogotá, e disse que passa férias no país. E, segunda ela, o seu voo, que teve prioridade para um pouso de emergência no aeroporto José María Córdova, em Medellín, estava atrasado e precisou voltar.

– Relato sobre a experiência mais bizarra/assustadora que já tive: Sabe o avião que caiu? Quase foi o meu!!! Estou na Colômbia com uma amiga aproveitando nossas férias, depois de 3 dias em Bogotá seguiríamos para San Andrés. Nosso voo atrasou mas fomos mesmo assim, no meio do trajeto o piloto explica que estávamos com problemas técnicos, e pasmem também por gasolina. Ele alegou que estava vazando e por isso iríamos realizar uma parada emergencial no aeroporto José Maria Cordova, o mesmo aeroporto em que o time deveria pousar. Na hora ficamos com medo mas não tínhamos ideia da gravidade, pousamos e ficamos uns 45 minutos na aeronave. Os colombianos começaram a 3 guerra mundial, revoltados pois a posição que tivemos era que teríamos que voltar para Bogotá e só no outro dia iríamos para nosso destino final. No meio de toda confusão ficamos sabendo da queda do outro avião e veio o triste relato da policia do aeroporto. A policial informou que infelizmente eles não conseguiram pousar pois já estávamos na prioridade de emergência, ou seja, já estávamos pousando e então eles tinham que esperar o meu avião chegar ao solo... Nessa espera, eles perderam o contato com a torre e o avião caiu, ali, metros de onde estava... E se eles tivessem pousado primeiro? Talvez seria o nosso avião rodando no ar também sem gasolina! Foi um caos, ninguém sabe ao certo o que aconteceu, todo mundo com medo de pegar outro avião, criança chorando, pessoas gritando... Regressamos a Bogotá, pegamos um hotel e agora estamos no aeroporto novamente para enfim chegarmos a San Andrés! Estou perplexa e extremamente agradecida, só nos resta aproveitarmos o resto dos nos dias nesse país maravilhoso, orar por essa triste fatalidade e pelas famílias, os meus mais profundos sentimentos!! Aqui não se fala em outra coisa e já estão tentando entender porque um avião pousou e outro não – escreveu Maysa.

No radar por satélite, é possível perceber que dois aviões voavam bem próximos no local da queda (veja no vídeo acima), e que o veículo que transportava a Chapecoense deu duas voltas no ar esperando autorização para aterrissar, a cerca de 7 km da pista do aeroporto José María Córdova. Outro fato que sustenta a versão é que não houve explosão na queda, o que indica a falta de combustível no tanque do veículo. Em entrevista à TV colombiana "Caracol", o presidente da Associação de Aviadores Civis da Colômbia, Jaime Alberto Sierra, explicou a suposição.

– O que se sabe é que ele (piloto do avião da Chapecoense) pediu prioridade para aterrissar, mas havia um avião da "Viva Colombia" com pouco combustível e estava em emergência, portanto tinha prioridade em relação à emergência do avião que desapareceu. Lamentavelmente, se não sei qual a emergência, não vai ter a prioridade que necessita. Então entramos na hipótese do que aconteceu e cremos que seja problema de falta de combustível – afirmou.

O avião boliviano da "Lamia", modelo Avro Regional Jet 85, tem capacidade para cerca de 90 pessoas e é utilizado para voos de média e curta distância. Ou seja, sem reservatório para grande quantidade de combustível – versões não confirmadas dão conta que a distância de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, a Medellín, na Colômbia, era próxima do máximo de combustível que a aeronave suportava, sem deixar margens para erro. Enquanto o da empresa colombiana "Viva Colombia", modelo Airbus A-320, tem o dobro da capacidade na tripulação.

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