Publicado em 21/11/2016 às 13:20, Atualizado em 13/09/2024 às 19:23

Força-tarefa da Lama Asfáltica quer substitução de empresa alvo da investigação

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Divulgação

Os promotores de Justiça que compõem a força-tarefa da Operação Lama Asfáltica pediram que ao juiz Marcelo Ivo de Oliveira substitua a Itel Informática pela Mil Tec Tecnologia da Informação na ação civil que investiga contratos daquela empresa com o governo do Estado na gestão de André Puccinelli (PMDB). O processo foi ajuizado em janeiro deste ano e até o momento não saiu da fase inicial.

De acordo com os promotores Thalys Franklyn de Souza, Tiago Di Giuliu e Cristiane Mourão, com a extinção da Itel e a incorporação à Mil Tec, é necessário que haja substituição dos denunciados. Esse mesmo pedido já foi feito em outra ação referente a Operação Coffee Break e a Justiça o deferiu.

“De acordo com o Código Civil, a incorporação consiste na hipótese em que uma ou várias sociedades são absorvidas por outra,que lhes sucede em todos os direitos e obrigações”, diz a manifestação do MPE-MS (Ministério Público Estadual). “Posto isso, o Ministério Público requer a sucessão da IteI Informática Ltda. pela empresa que a incorporou”, completa a manifestação.

No dia 5 de fevereiro a Mil Tec, de propriedade Ricardo Fernandes de Araújo ex-sócio de João Baird, publicou comunicação de incorporação integral à sociedade com a Itel. Quando houve a incorporação a 'nova empresa' já tinha conseguido R$ 28,6 milhões em contratos com o governo do Estado.

Caso – A ação civil foi ajuizada contra a Itel, Puccinelli, Baird, além do ex-secretário de Estado de Fazenda Mario Sérgio Lorenzetto, do ex-adjunto da pasta André Luiz Cance e do ex-superintendente de Gestão da Informação Daniel Nantes Abuchaim.

Conforme a denúncia a Itel embolsou mais de R$ 252.529,996 milhões do Executivo estadual com serviços terceirizados em sua maioria de forma irregular na gestão de Puccinelli.

Entre os fatos apontados pela investigação, está a ligação de Baird com o Governo do Estado que nasceu na década de 1990 e se fortificou nas duas gestões do peemedebista.

Enquanto três companhias supostamente ligadas ao empresário, Itel Informática, Digithobrasil Desenvolvimento de Software e Outsourcing e PSG Tecnologia Aplicada, abocanhavam contratos, o ex-chefe do Executivo e o PMDB conseguiam doações milionárias para financiar campanha eleitoral.