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Funcionária que autorizou plano de voo do avião da Chape pede refúgio em Corumbá

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Divulgação

Indiciada pela Justiça Bolívia por suspeita de negligência, a funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia), Célia Castedo está em Corumbá, distante 444 quilômetros de Campo Grande, para tentar dar entrada em pedido de refúgio. Ela foi a responsável por autorizar o plano de voo do avião que caiu com a delegação da Chapecoense no dia 28 de novembro, matando 71 pessoas. Ela afirma estar sofrendo ameaças. 

Célia chegou pela manhã na cidade sul-mato-grossense acompanhada de um advogado e foi até a sede da Polícia Federal para dar entrada no pedido de refúgio. Como o atendimento ainda não havia começado, ambos se dirigiram até o MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul). Em nota o MPF-MS informou que “a Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, juntamente com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, vão solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro”.

Depois do acidente que matou as71 pessoas, Célia disse à polícia que questionou cinco pontos do plano de voo do avião que caiu, entre eles a possível insuficiência de combustível para a rota planejada, mesmo assim, é a assinatura dela que aparece no documento que autoriza o plano de voo da empresa. Ela foi indiciada pela Justiça Boliviana que quer saber se houve negligência por parte da funcionária. Ela funcionária foi afastada do trabalho desde a última quinta-feira (1º) e a Aasaana teria enviado ao Ministério Público boliviano notícia-crime por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes" .

O acidente

A polícia metropolitana da Colômbia confirmou a morte de 76 dos 81 passageiros que estavam no avião, que levava o time da Chapecoense à Colômbia, para a disputa da final da Copa Sul-Americana.

O acidente aéreo ocorreu na madrugada desta terça-feira (29) em uma região montanhosa no noroeste colombiano. O avião perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (00h15 de MS). O SOS foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá Unión. O avião, de matrícula CP2933, fez uma parada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil.

 

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