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Garota é agredida em balada após se recusar a ficar com rapaz

Segundo a garota, policiais que foram atender o caso ainda disseram que ela merecia a agressão, devido à roupa que usava.

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Reprodução 

A Polícia Civil está investigando o caso de uma jovem de 20 anos que diz ter sido agredida durante uma festa em uma casa noturna de Curitiba. O caso aconteceu no bairro Batel. De acordo com a vítima, a estudante Carla Barfknecht, a agressão aconteceu porque ela se recusou a ficar com outro rapaz, que ficava insistindo várias vezes.

Ela diz que a situação começou bem no início da festa. "Estava com meus amigos e ele já estava incomodando anteriormente, desde o começo da balada já estava me perseguindo, chegando em mim e eu sempre tentando sair de perto, tentando me afastar recuando", lembra.

Segundo a jovem, ela chegou a afirmar que não queria beijar o outro rapaz. Foi quando a confusão começou de vez. "Quando eu me irritei, peguei e falei 'não vou ficar com você, eu não quero, não sou obrigada a te beijar e nem nada do gênero, ele ficou totalmente agressivo, começou a gritar, começou com as ofensas machistas, começou a me xingar. Aí meus amigos intervieram e entraram na frente. Aí eu falei 'segue a sua balada, fica lá no outro lado, finge que nada disso aconteceu'", afirma

A jovem diz ainda que o agressor chegou a se afastar, mas logo atacou ela e os amigos pelas costas. "Quando a gente virou de costas, achou que já tinha acabado a confusão, ele veio por trás e agrediu o meu amigo e começou a briga", diz Carla, que ficou com um ferimento no braço.

O tatuador André Cardoso era um dos amigos de Carla que tentou defendê-la. Ele diz que o agressor não estava sozinho. "Vieram por trás, num momento de covardia. Só que quem acabou mais agredida foi ela mesmo, porque ele e mais uns amigos dele partiram para a agressão contra ela. Eu não sofri tanta agressão porque os próprios seguranças da balada interviram antes", diz.

Policiais investigados

Carla conta que a Polícia Militar foi chamada. No entanto, segundo ela, os policiais destacados para resolver a situação ainda disseram que ela merecia ter passado por aquilo. "Depois, quando os policiais chegaram, falaram que eu merecia aquilo. Pela roupa que eu estava vestindo, que eu deveria ter aceitado, que eu pedi aquilo", diz.

Ela ainda lembra que os policiais levaram os agressores para outro canto da casa noturna e que logo depois não viu mais aonde eles foram. Ninguém foi para a delegacia naquela noite.

A estudante fez uma denúncia na Corregedoria da Polícia Militar. Em nota, a corporação afirma que vai investigar a conduta dos policiais que atenderam a situação.

Já a Polícia Civil terá 30 dias para investigar o caso e encerrar o inquérito. Imagens das câmeras de segurança da casa noturna devem ser usadas para ajudar na apuração.

Em nota, a casa noturna afirmou que repudia as agressões feitas contra a jovem e disse que está auxiliando a polícia nas investigações.

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