Publicado em 23/12/2013 às 09:06, Atualizado em 26/10/2016 às 08:44
Começa com uma perda na visão periférica. Essa perda muitas vezes não é perceptível, pois a visão central, que é onde focamos os objetos, continua normal.
Se não for tratado, o glaucoma vai se agravando até que a pessoa passe a enxergar como se estivesse olhando por um cano.
É o chamado campo visual tubular. Com o agravamento da doença, a pessoa pode ficar completamente cega. O glaucoma é uma das principais causas de cegueira em todo o mundo.
Foi assim que perderam a visão a mãe e o avô de Nadja Alves Massa, aposentada de 68 anos que reside no Distrito Federal. Ela está com o diagnóstico de glaucoma há 10 anos.
Comecei a ter dificuldade para ler, então fui ao oftalmologista, relata Nadja.
A gente sente muita dor no globo ocular causada pela inflamação do nervo óptico. Além de sentir um cansaço na vista e dor de cabeça, explica a aposentada.
Mesmo com os casos de glaucoma na família, dona Nadja não seguia o tratamento como deveria. Ela não costumava usar os colírios para controlar a doença e evitar a perda da visão.
Achava que com ela seria diferente, e só veio a se preocupar de verdade quando a mãe perdeu a visão, pouco antes de morrer. Hoje, Nadja tenta evitar a perda do restante da visão com o uso de colírios.
Apesar de não ter uma causa específica, a hereditariedade é um fator de risco importante no caso do glaucoma. E quem perdeu parte da visão não recupera mais.
Por isso a importância em descobrir o diagnóstico desde cedo para evitar as complicações. O médico disse que já perdi 40% da visão do olho esquerdo, além de boa parte da visão periférica, explica Nadja.
A doença O glaucoma é uma neuropatia do nervo óptico, que causa sua inflamação, sendo crônica e sem cura.
A doença costuma atingir principalmente as pessoas mais velhas, negras e com casos em parentes próximos.
Porém, não se restringe a esses casos e todos devem fazer um acompanhamento oftalmológico regular, desde criança, principalmente com o avançar da idade.
O médico oftalmologista Mizael Augusto Pinto, do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, recomenda que as consultas sejam feita especificamente com um médico oftalmologista, e não com técnicos de ópticas que medem a pressão ocular.
Não é só medir a pressão ocular, tem que fazer o exame do fundo de olho, além de outros exames que possam acusar a doença, explica Mizael.
Ele lembra que a pressão ocular é um fator importante para determinar o glaucoma, mas existem casos em que a doença aparece mesmo sem a pressão ocular elevada.
Farmácia PopularO programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde fornece medicamentos com até 90% de desconto para o tratamento de doenças como glaucoma, colesterol, rinite, osteoporose, doença de Parkinson, dislipidemia, anticoncepção e fraldas geriátricas.
Além de medicamentos gratuitos para o tratamento de asma, hipertensão e diabetes.
Para retirar os medicamentos, basta apresentar o documento de identidade, CPF e receita médica dentro do prazo de validade.
Para proporcionar mais opções ao paciente no momento de retirar o medicamento, importante a prescrição tenha o nome do princípio ativo.