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Grávida atropelada no Rio está traumatizada e não quer sair de casa, diz marido

Imagens mostram o momento do atropelamento. A mulher, o marido e o enteado de 10 anos foram atropelados na madrugada de sexta-feira.

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Divulgação

A mulher grávida, que foi atropelada com o marido e o enteado, assistiu as imagens do momento registradas por uma câmera de segurança. Flávia Ahrends estava grávida de 3 meses. Ela, o marido, Eduardo Baptista, e o enteado dela, de 10 anos, foram atropelados na madrugada de sexta-feira (7) por assaltantes no bairro de Higienópolis, na Zona Norte do Rio. Eles voltavam de uma festa junina.

De acordo com Eduardo, Flávia está traumatizada com tudo o que aconteceu e não quer mais sair de casa. O filho de Eduardo também está muito assustado com tudo o que aconteceu.

"O único irmãozinho do meu filho. Ele ficou triste, ficou abalado. Ele viu o pai sendo esfaqueado. Tudo isso é traumatizante. Minha esposa não quer falar, não quer sair de casa, mas eu falo: ‘vamos sair. A vida continua’. Violência tem em todos os lugares, qualquer horário. A dor maior é a perda do bebê. A minha esposa está traumatizada, o meu filho de 10 anos está traumatizado, já não dorme mais no quarto dele", disse o marido.

Eduardo continua sem o movimento de dois dedos. Nas imagens da câmera de segurança é possível ver Flávia sendo atingida pelo carro e ficando no chão. O menino consegue sair sem ser ferido. Eduardo, levou uma facada na mão.

“Eu tive a reação de jogar o meu corpo pra trás, no capô do carro, e empurrar o meu filho na calçada. A minha esposa ficou embaixo do carro e o motorista continua com a minha esposa, falando que ia matar ela”, disse Eduardo.

O delegado responsável pelo caso suspeita que os bandidos façam parte de uma quadrilha. O bairro de Higienópolis tem registrado aumento desse tipo de roubo e os ladrões preferem levar aparelhos de celular.

“O bairro tem sido muito assaltado. Nós temos muitas ocorrências ali em Higienópolis. Várias pessoas já foram identificadas, inclusive, nós conseguimos até tirar veículos, usados por essa quadrilha, de circulação. Eu tenho muita esperança de conseguir identificar essas pessoas”, disse o delegado Wellington Vieira.

A rua onde tudo aconteceu é pequena e sem saída. A família costumava estacionar o carro no local e de lá, eles planejavam a chegada do pequeno Arthur, mas o compromisso foi outro, muito triste. Flávia foi para o hospital para retirar o bebê.

“É um sentimento de revolta, de tristeza. É um bebê que era esperado”, lamentou Eduardo.

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