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Laudo aponta falha em equipamento em morte após salto de bungee jump

Resultado da perícia foi divulgado nesta terça-feira (24) pela Polícia Civil. Fábio Ezequiel Moraes morreu durante um salto em dezembro.

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Reprodução/TV TEM

 A Polícia Civil de Mairinque (SP) divulgou nesta terça-feira (24) o resultado do laudo da perícia sobre a morte de Fábio Ezequiel Moraes durante um salto de bungee jump, em dezembro do ano passado. De acordo com o relatório, uma falha no equipamento foi responsável pela morte do serralheiro e a delegada Fernanda Ueda, responsável pela investigação, passou poucos detalhes relacionados ao laudo emitido pelo Instituto de Criminalística.

Outra constatação apontada pelo laudo está relacionada à ponte férrea onde ocorreu o salto que tem, especificamente, 43,2 metros.

Os equipamentos foram apreendidos logo depois do acidente e, na ocasião, já havia sido apontado que houve falha técnica. A polícia continuará a investigação já que, segundo a delegada, alguns pontos durante a apuração não ficaram muito claros. Inclusive, pessoas ainda devem ser ouvidas nos próximos dias.

A delegada informou ainda que não irá fazer a reconstituição do acidente porque todo material – que deveria ser usado novamente para refazer o salto – está impossibilitado segundo a perícia. Desta forma, ela irá se basear, principalmente, nos depoimentos e laudos apresentados.

Entenda o caso

O salto de bungee jump aconteceu na manhã do dia 18 de dezembro em um ponte férrea conhecida por praticantes de esportes radicais, em Mairinque. Segundo o Corpo de Bombeiros, testemunhas afirmam que a corda de segurança que limita o elástico teria rompido e Fábio Ezequiel de Morais ainda bateu no chão antes de acertar um colchão inflável.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu com vida e foi encaminhada ao pronto-socorro de Mairinque, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Os equipamentos de segurança usados pela vítima, assim como cópias dos vídeos gravados do acidente, foram entregues à perícia. De acordo com o site da empresa Maxtreme, que organizou o salto, a ponte é muito utilizada por praticantes de bungee jump e rapel.

Dois instrutores e o dono da empresa Maxtreme prestaram depoimento na delegacia de Mairinque e afirmaram, ainda na época, que houve uma falha no equipamento de segurança, o que teria causado o acidente.

Max Frederik Wienand, Deir Nascimento e Carlos Cará, empresário e instrutores, respectivamente, disseram que a corda de "backup", acionada quando a principal de elástico apresenta problemas, tinha uma extensão maior do que a recomendada.

A ponte utilizada para o salto pela empresa tem uso restrito e qualquer atividade deve ter autorização prévia, afirmpu a empresa Rumo ALL, responsável pelo trecho. Mesmo assim, os moradores da região da ponte estão acostumados com a movimentação no local e na internet há vários vídeos mostrando os saltos.

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