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Musicista foi morta a marteladas em motel na Capital

Vitima foi atraída para encontro amoroso que, na verdade, era uma emboscada

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Foto: Marco Miatelo

A jovem musicista Mayara Amaral, 27 anos, foi morta com requintes de crueldade em uma trama premeditada para roubá-la e assassiná-la. Na tarde desta quarta-feira, 26 de julho, a Polícia Civil apresentou três homens envolvidos no crime. São eles: Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, Ronaldo da Silva Olmeda, 30, conhecido como Cachorrão, e Anderson Sanches, 31. Os três serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. 

Os investigadores ainda tentam fechar os detalhes do enredo criminoso. Porém, o que se sabe até agora é que tudo começou através de um contato entre Luis Alberto e Mayara. O rapaz, também músico, alega que teria um relacionamento com a vítima e marcou um encontro com ela no Motel do Gruta do Amor, na saída para Rochedo, na noite de segunda-feira, 24 de julho.

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A jovem compareceu acreditando se tratar de um encontro amoroso. Luis convidou também Ronaldo. No motel, os dois teriam mantido relações com a moça, com o consentimento dela, segundo alegaram os acusados. A polícia suspeita que a jovem reagiu ao descobrir a emboscada e acabou morta dentro do motel. Ela teria sido espancada pelos dois homens que usaram até um martelo para mata-la.

O apartamento escolhido foi o último do motel, provavelmente para impedir que testemunhas ouvissem a ação criminosa. Depois do homicídio, o corpo da moça foi colocado no carro da própria vítima e levado para a casa do terceiro envolvido na trama, Anderson Sanches, amigo da dupla.

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(Foto: Marco Miatelo)

O endereço não foi revelado pela polícia que ainda apura detalhes do crime. No local, o trio dividiu os objetos da vítima, um notebook, dinheiro e outros pertences. Cerca de oito horas depois, eles decidiram leva-la para a região do Inferninho, na saída para Rochedo, onde o corpo foi desovado pelos criminosos.

O cadáver foi encontrado na tarde desta terça-feira, 25 de julho, parcialmente queimado. “A ideia era ocultar o cadáver e dificultar a identificação da Mayara”, disse o delegado Tiago Macedo, da 5ª Delegacia de Polícia Civil. Durante apresentação à imprensa. Nenhum dos três admitiu o crime. Luis relatou que conhecia Mayara e que, inclusive, chegou a tocar com ela. Contudo, afirmou não se lembrar do que aconteceu na noite do crime. “Eu estava fora de mim”, declarou Luis. “Nós não temos nada a ver com isso. Quem sabe de tudo é o Luis”, apontou Ronaldo. “Também não sei de nada”, disse Anderson. Porém, a Polícia Civil tem certeza da participação deles, pois encontrou roupas, pertences e documentos da jovem com eles.

Os investigadores chegaram primeiro até Luis através de um aplicativo de telefone celular que permitiu rastrear os últimos passos da vítima. Ronaldo e Anderson foram presos no decorrer das investigações. Mensagem falsa – Na tentativa de desviar o foco das investigações, Luis usou o telefone celular da vítima para enviar uma mensagem falsa à família dela, após o homicídio. No texto, ela diz à mãe que estaria na casa do namorado, que os dois tinham brigado e que tinha sido ameaçada de morte pelo rapaz. “Luiz manipulou a polícia e a família jogando a culpa em um inocente”, disse o delegado.

O rapaz citado na falsa mensagem seria na verdade um amigo de Mayara e chegou a ser preso durante as investigações. A polícia recuperou o veículo da vítima, instrumentos musicais, telefone e outros objetos. “A intenção do crime era patrimonial”, define o delegado. Luis não tem passagens pela polícia, mas Ronaldo e Anderson já estiveram presos por crimes como tráfico de drogas e furto. O crime de latrocínio pode render pena de até 30 anos de prisão e o de ocultação de cadáver três anos.

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