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Para evitar epidemia, força-tarefa começa fiscalizações em toda Capital

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Terreno está sujo há mais de 1 ano - Álvaro Rezende/Correio do Estado

Força-tarefa iniciou hoje série de fiscalizações que ocorrerão em vários bairros de Campo Grande pelos próximos 120 dias. O objetivo é evitar que o mosquito Aedes aegypti se reproduza e seja personagem de mais uma epidemia de doenças como a dengue, chikungunya e zika vírus.

Participam das ações mais de 4,5 mil servidores da prefeitura e do Governo do Estado. Entre eles agentes de saúde, endemias e comunitários e também da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), da Polícia Civil e Guarda Municipal.

Na ação deste ano, proprietários de imóveis que já tiverem sido notificados pela sujeira na área e forem flagrados com o mesmo problema podem até ser presos.

Nesta manhã, depois de cerimônia que deu início à operação, grupo seguiu em direção a vários bairros da cidade. O Portal Correio do Estado acompanhou uma fiscalização em imóvel que fica na Rua das Perdizes, no Jardim Noroeste.

O serralheiro Odair Custódio Inácio, de 49 anos, foi notificado pela primeira vez em agosto do ano passado para limpar o terreno que tem material reciclável, resto de construção e materiais usados no trabalho do serralheiro. Sem nenhuma atitude dele para deixar o terreno em ordem, equipe o notificou e encaminhou para delegacia, onde ele assinará Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e será liberado em seguida.

Odair, que mora com a esposa na residência, se defendeu afirmando que ficou doente, pagou pessoas para limparem o terreno, mas o serviço acabou não sendo feito. O fiscal sanitário e advogado Fábio Izidoro Oliveira rebateu a justificativa do serralheiro afirmando que as notificações são antigas e que nenhuma limpeza foi feita na área.

“A secretaria realiza um trabalho de orientação para solução consensual, mas neste caso é situação é antiga e resolução não teve efeito”, completou.

Além de casos como esse, as equipes também irão fiscalizar locais que sejam motivo de denúncia de moradores e endereços repassados pela Base Aérea de Campo Grande, que fez monitoramento aéreo na cidade e encontrou terrenos com entulho e possíveis focos do mosquito Aedes.

Para o secretário de saúde da Capital, Ivandro Fonseca, as operações são necessárias para que nova epidemia não se repita e ainda mais porque 498 gestantes com zika vírus são acompanhadas pela prefeitura. Cerca de 20 carros fumacê e 10 motos que transportam bombas costais também começam a circular na cidade.

DIA D

O Governo do Estado também iniciou hoje campanha para evitar a reprodução do mosquito em prédios onde funcionam repartições públicos. Ficou definido que todas as sextas-feiras haverá mutirão em prédios e em escolas estaduais.

O Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etechgoyen, está na Capital e acompanha as ações do Estado e da prefeitura.

“É nosso dever e de todo cidadão independente da idade agir contra o mosquito da dengue”, disse. 

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