A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira (16) um mandado de busca na farmácia onde há a suspeita de que um erro na venda de um medicamento tenha causado a morte de uma menina de 14 anos em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Foram recolhidos computadores, com o objetivo de verificar os registros no sistema.
Andriza Oliveira da Silva morreu na última segunda-feira (14). Segundo a investigação, ela precisava inalar um broncodilatador, mas acabou usando, na nebulização, um colírio para glaucoma, que faz o efeito contrário. O produto foi comprado por uma irmã de 10 anos da adolescente, enquanto a mãe estava no trabalho. O corpo foi enterrado nesta terça (15).
A Justiça emitou o mandado após o proprietário não ter permitido a entrada de agentes no local. Policiais também tentam ter acesso às imagens das câmeras de segurança, que podem ajudar na investigação. O proprietário e uma gerente da farmácia prestaram depoimento.
De acordo com o inspetor Leonardo Gardel, que investiga o caso, a polícia diz saber qual funcionária vendeu o medicamento. Se confirmado através do laudo que o que causou a morte da menina foi o uso do medicamento que ela entregou por engano, com certeza, a funcionária responde por homicídio culposo, afirma o agente.
Ainda segundo o policial, a farmacêutica responsável e o proprietário também podem responder pelo crime. Se a delegada [Sabrina Teixeira, responsável pelo caso] entender que houve uma falha da farmacêutica e do proprietário, também vai poder indiciá-los, afirmou.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.