Preço da cesta básica cai 2,46% em Campo Grande, aponta Dieese

O preço da cesta básica caiu 2,46% em Campo Grande no mês de novembro em relação a outubro, recuando de R$ 436,51 para R$ 425,78, o que representou R$ 10,73 a menos de gasto para o consumidor. É o que aponta pesquisa divulgada nesta terça-feira (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com a entidade, dos 13 produtos que compõem a cesta básica individual, 5 registraram queda de preço no mês passado em relação ao anterior. A maior redução foi do tomate (17,92%), seguido pelo feijão (15,08%), manteiga (5,48%), leite (5,36%) e batata lavada (1,56%).

No caso do tomate, o Dieese aponta que o preço caiu, revertendo a trajetória de alta de outubro, porque houve normalização da oferta do produto. Quando ao feijão, a retração ocorreu devido a queda da demanda e da chegada ao mercado da produção da terceira safra brasileira.

Em contrapartida, outros 8 itens tiveram aumentos: açúcar cristal (4,91%), arroz, (3,44%), pão francês (2,31%), óleo de soja (2,04%), carne bovina (1,84%), café em pó (1,69%), banana (0,66%) e farinha de trigo (0,25%).

Conforme o Dieese, para comprar a cesta básica individual, o trabalhador campo-grandense que recebe um salário minimo comprometeu em novembro 52,59% de sua renda líquida (valor do salário menos contribuição para a previdência social), o equivalente a 106 horas e 27 minutos de sua jornada mensal.

Já para comprar a cesta básica familiar, que tem uma quantidade de produtos suficiente para atender uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, o consumidor de Campo Grande gastou no mês passado R$ 1.277,34, o que representou 1,45 vezes o valor do salário mínimo bruto (sem descontos).

Em novembro, o departamento aponta que Campo Grande registrou a 16ª maior retração percentual entre as 27 capitais em que a entidade faz a pesquisa da cesta básica. O valor do grupo de itens foi o oitavo mais acessível do país e a inflação da capital sul-mato-grossense, no acumulado de 11 meses do ano chegou aos 9,60%.