Publicado em 20/03/2017 às 13:30, Atualizado em 13/09/2024 às 19:35

Saiba quem são os alvos de mandado de prisão da Operação Carne Fraca

PF investiga fraudes na liberação de licenças e fiscalização de carnes. Servidores do Ministério da Agricultura e empresários são investigados.

G1,
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Divulgação

Considerada pela Polícia Federal (PF) como a sua maior operação, a Carne Fraca contou com mandados de prisão contra 37 pessoas. A investigação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema criminoso para liberação de licenças, fiscalização irregular de frigoríficos e também adulteração de carne vencida.

Até a noite de sábado (18), duas pessoas continuavam foragidas: Nilson Alves Ribeiro e Nilson Umberto Saccheli, sócio do frigorífico Frigobeto.

Saiba quem são os alvos dos mandados:

Prisão preventiva

André Luis Baldissera - Diretor da BRF. Segundo a investigação, atuou junto ao chefe da fiscalização do Ministério da Agricultura para que a fábrica de Mineiros (GO) não fosse interditada, depois de terem sido encontrados traços de salmonela em produtos. A defesa de Baldissera não se manifestou.

Carlos Cesar - Agente de inspeção federal do Ministério da Agricultura no Paraná. Segundo a investigação, agia a mando da chefe da fiscalização para recolher "doações" de empresários do setor de carne. Defesa não foi encontrada.

Daniel Gonçalves Filho - Ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná e apontado na investigação como chefe e "articulador" do esquema criminoso. É suspeito de ocultar imóveis em nome de terceiros. Defesa não foi localizada.

Dinis Lourenço da Silva - Chefe da fiscalização do Ministério da Agricultura em Goiás. Suspeito de ter revertido, após pedido de gerente da BRF, a interdição de uma unidade do grupo em Mineiros. Foi flagrado em conversa telefônica pedindo a um gerente da BRF R$ 300 mil para apoio em eleição municipal em Goiás. Outra conversa, segundo as investigações, revela que Dinis recebeu R$ 50 mil de um dono de curtume. O advogado dele disse que a suspeita contra o cliente não tem comprovação e que não vai se sustentar após Dinis depor.

Eraldo Cavalcanti Sobrinho - Fiscal agropecuário no Paraná e responsável por fiscalizar a Peccin. Foi apontado por uma funcionária da Peccin como tendo recebido propina para deixar de fiscalizar a empresa. Segundo a apuração, assinou certificados de liberação de cargas para exportação sem executar fiscalização, em troca de dinheiro. Também atuou na fiscalização da Seara, por indicação de um funcionário da empresa, diz a PF. Procurada pelo G1, a defesa de Eraldo afirmou que vai se manifestar ainda nesta segunda (20).

Fabio Zanon Simão - Chefe da assessoria parlamentar do Ministério da Agricultura no Paraná. É suspeito de ter acertado com um frigorífico o pagamento de propina para liberação de abate de equinos. Defesa não foi localizada.

Flavio Evers Cassou - Funcionário da Seara e ex-fiscal do Ministério da Agricultura no Paraná, responsável, então, por fiscalizar a empresa. Acusado de ter acesso aos sistemas internos do ministério na condição de funcionário da Seara. Entregou aos cuidados da chefe da fiscalização no Paraná uma caixa com carnes e outros produtos. Pediu, segundo a investigação, para que fiscais assinassem certificados que permitiam a exportação de produtos, sem que houvesse fiscalização prévia. Segundo a PF, é suspeito de usar o filho para movimentar recursos, enquanto ainda era fiscal do ministério. A investigação também suspeita da evolução patrimonial dele. Defesa não foi localizada.

Gercio Luiz Bonesi - Fiscal do Ministério da Agricultura em Londrina. Acusado de intermediar exportação de miúdos de frango para a China pela empresa Jaguafrangos. Atuou, ainda segundo a PF, para favorecer o frigorífico Oregon em uma liberação de abate de cavalos. O G1 tentou contato com a defesa de Bonesi, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

Gil Bueno de Magalhães - Superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná. Usou influência do cargo para beneficiar empresas em troca de favores pessoais, segundo a PF. "Coordenador do esquema repulsivo de cobrança de propinas", diz trecho da investigação. A defesa dele informou que não teve acesso aos autos do processo, por isso não ainda comentou o caso – mas afirmou que Gil está tranquilo quanto sua inocência e pretende provar isso. A defesa também informou que irá entrar com medidas cabíveis para garantir a liberdade do cliente.

José Eduardo Nogalli Giannetti - Representante do grupo Peccin. Tinha conhecimento de irregularidades na fabricação de produtos da empresa e no pagamento de propina aos fiscais, segundo a PF. Defesa não foi localizada.

Josenei Manoel Pinto - Agente de inspeção sanitária do Ministério da Agricultura no Paraná. Integra "cadeia criminosa" instalada no ministério, diz a investigação. Em gravação de câmeras de segurança, é flagrado levando produtos da empresa Madero, que era responsável por fiscalizar. Procurada pelo G1, a defesa de Josenei afirmou que vai se manifestar ainda nesta segunda (20).

Juarez José de Santana - Chefe da Unidade Técnica Regional da Agricultura de Londrina. Lidera, segundo a apuração, "célula autônoma criminosamente organizada" a mando dos responsáveis pela fiscalização do Ministério da Agricultura no Paraná. Acusado de atuar em favor de empresas em relação às quais deveria ser fiscal. Defesa não foi localizada.

Luiz Carlos Zanon Junior - Fiscal Federal Agropecuário da Unidade Técnica Regional de Agricultura de Londrina (PR). Cobrava das empresas MC Artacho, Wegmed Caminhos Medicinais e Unifrango Agroindustrial pagamento em troca da liberação de certificados de conformidade. Além disso, foi flagrado em conversas com seu filho, o também fiscal Sergio Ricardo Zanon, sobre movimentações de oficiais responsáveis pela fiscalização dentro do órgão. Defesa não foi localizada.

Maria do Rocio Nascimento - Médica veterinária e chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, na Superintendência Regional do Paraná. É suspeita de usar o cargo para beneficiar a BRF e a Seara, em troca de vantagens pessoais. Chegou a viajar para vários países da Europa com todas as despesas pagas pela BRF, diz a polícia. O G1 tentou contato com a defesa de Maria do Rocio, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

Idair Antonio Piccin - Dono do frigorífico Peccin, do Paraná. Acusado de usar aditivos não previstos ou não declarados na produção de linguiças e salsichas, além de fraudar análises laboratoriais dos produtos. Flagrado em conversa discutindo o uso de presunto vencido e estragado na linha de produção. Acusado ainda de pagar propina para fiscais ignorarem irregularidades. A Peccin informou que repudia o que chamou de falsas alegações que levaram às prisões de seus diretores e que tem interesse em contribuir com as investigações.

Nair Klein Piccin - Mulher de Idair Piccin e sócia na empresa Peccin. A polícia flagrou uma conversa do casal que mostra que eles usavam cabeça de porco no preparo de linguiça, o que é proibido pela legislação brasileira. Investigadores dizem que Nair pagou propina para fiscais agropecuários ignorarem as práticas sanitárias irregulares. A Peccin informou que repudia o que chamou de falsas alegações que levaram às prisões de seus diretores e que tem interesse em contribuir com as investigações.

Normélio Peccin Filho - Irmão de Idair Antonio Piccin e sócio da empresa Peccin. A PF flagrou uma conversa entre Idair e Normélio que mostra que a empresa produzia linguiças e salsichas em desacordo com a legislação, usando mais analito amido, nitrito/nitrato e aditivos que o permitido. A empresa também mascarava presuntos podres, segundo investigadores. Diálogos comprovaram ainda a manipulação de amostras de carnes para fraudar exames laboratoriais de fiscalização. A Peccin informou que repudia o que chamou de falsas alegações que levaram às prisões de seus diretores e que tem interesse em contribuir com as investigações.

Nilson Alves Ribeiro - Sócio do frigorífico Frigobeto, ao lado de seu filho, Nilson Umberto Saccheli. Ele é acusado de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura do Paraná, em troca de uma licença para abate de carne de cavalo no frigorífico Oregon, seu parceiro. Defesa não foi localizada.

Nilson Umberto Saccheli - Sócio do frigorífico Frigobeto, ao lado de seu pai, Nilson Alves Ribeiro. Ele é acusado de pagar R$ 350 mil em propina para fiscais do Ministério da Agricultura do Paraná, em troca de uma licença para abate de carne de cavalo no frigorífico Oregon, seu parceiro. Defesa não foi localizada.

Paulo Rogério Sposito - Dono do frigorífico Larissa, em Mauá (SP), e candidato a deputado federal por São Paulo em 2010. Foi flagrado orientando funcionários a trocar as etiquetas das datas de validade dos produtos e dizendo não se preocupa com uso de carne vencida há três meses para preparo de alimentos. É acusado de pagar propina a fiscais do Ministério da Agricultura para ignorarem as irregularidades. Defesa ainda vai se manifestar.

Renato Menon - Fiscal agropecuário no Paraná. Segundo as investigações, integra a cadeia criminosa no Ministério da Agricultura e coordenada por Daniel Gonçalves Filho e Maria do Rocio Nascimento. Recebia dinheiro ou produtos para liberar cargas sem fiscalizá-las, diz a PF. Também atuava na fiscalização da empresa Madero, que não cometia irregularidades, e mesmo assim a pressionava para pagar propina. O G1 tentou contato com a defesa, mas não havia conseguido retorno até a última atualização desta reportagem.

Roberto Brasiliano Da Silva - Conhecido como Braz, é ex-assessor parlamentar do ex-deputado pecuarista José Janene e foi candidato a vereador em Londrina (PR) pelo PEN em 2016. Não tem cargo no Ministério da Agricultura, mas era colaborador de Juarez José de Santana, chefe Unidade Técnica Regional da Agricultura de Londrina. Recolhia propinas para Juarez e ajudava a camuflar os produtos dos crimes, segundo a investigação. Defesa não foi localizada.

Roney Nogueira dos Santos - Gerente de Relações Institucionais e Governamentais da BRF e apontado como articulador do grupo junto a órgãos públicos. Segundo as investigações, praticou crimes contra a administração e saúde pública, em coautoria com servidores da Superintendênica Regional do Paraná. É acusado de atuar para influenciar nas decisões dos fiscais do Ministério da Agricultura. O G1 tentou contato com a defesa de Roney, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

Sebastião Machado Ferreira - Agente de Inspeção Sanitária e Industrial, subordinado a Juarez José de Santana. Recolhia produtos oriundos de extorsão junto a frigoríficos e armazenava as carnes em sua casa. Defesa não foi localizada.

Sergio Antonio de Bassi Pianaro - Agente de inspeção sanitária do Paraná. Integrava a cadeia criminosa coordenada por Daniel Gonçalves Filho e por Maria do Rocio Nascimento. Segundo as investigações, trabalhava em conjunto com Tarcísio Almeida de Freitas, fiscalizando a empresa Peccin. Diálogos interceptados mostram que eles sabiam das irregularidades sanitárias na Peccin, mas faziam vista grossa, em troca de dinheiro e alimentos. Defesa não foi localizada.

Tarcísio Almeida De Freitas - Agente de inspeção sanitária do Paraná. Integrava a cadeia criminosa coordenada por Daniel Gonçalves Filho e por Maria do Rocio Nascimento. Uma testemunha declarou que Tarcísio recebia dinheiro e benefícios para mentir em relatórios de fiscalização da Peccin. Diálogo interceptado pela polícia mostra Tarcísio reclamando para Sergio Pianaro sobre a qualidade dos produtos da Peccin. Defesa não foi localizada.

Prisão temporária

Alice Mitico Nojiri Gonçalves - Esposa de Daniel Gonçalves Filho, considerado o articulador do esquema criminoso no Paraná. A polícia diz que ela sabia da atividade criminosa do companheiro. Diálogos interceptados pela polícia indicam que Alice recebia em casa dinheiro de propina e "encomendas" fruto de extorsão a empresários. Tinha ainda empresas de fachada em sociedade com o marido. Defesa não foi localizada.

Rafael Nojiri Gonçalves - Advogado e filho de Daniel Gonçalves Filho, considerado o articulador do esquema criminoso no Paraná. Rafael recebia dinheiro de propina em sua conta bancária e atuava como parceiro nos negócios paralelos do pai. Segundo a polícia, ele tem empresas de fachada em sociedade com Daniel. Defesa não foi localizada.

Brandízio Dario Junior - Fiscal federal agropecuário, responsável pela descentralizada do Ministério da Agricultura em Maringá (PR). Participou de uma reunião com empresários locais em um shopping, ao lado de Juarez José de Santana, que liderava uma célula criminosa autônoma no Paraná. Defesa não foi localizada.

Celso Dittert de Camargo - Agente de inspeção do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) no Paraná. Atuava na empresa Madero ao lado do fiscal Renato Menon. Ele e Menon pressionavam a Madero, que não promovia irregularidades. Como a empresa não “ajudava” os fiscais, eles começaram a criar empecilhos. Celso mandou paralisar atividades da Madero alegando falta de higienização e disse que a situação se repetiria caso não houvesse “ajuda”. Os dois levavam carnes da empresa, como hambúrgueres, picanhas e filés mignon. Depois, começaram a receber dinheiro. A empresa mudou a sede para fugir dos fiscais. Defesa não foi localizada.

Leomar José Sarti - Classificador de Produtos da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), lotado em Foz do Iguaçu (PR), e também atuava em conjunto com o fiscal Antonio Garcez da Luz. A investigação diz que Leomar orientou fiscal a liberar carga de ervilha podre e mal cheirosa, apagando parte do laudo de vistoria que observava irregularidades. Defesa não foi localizada.

Luiz Alberto Patzer - Agente de inspeção do Ministério da Agricultura e também auxilia Juarez José de Santana, que liderava uma célula criminosa autônoma no Paraná. Fez oito operações de crédito em uma conta de Juarez, num valor total de R$ 10 mil. Segundo a polícia, isso indica que Patzer recolhia propina de empresas fiscalização e a repassava para Santana. Defesa não foi localizada.

Marcelo Tursi Toledo - Auditor fiscal federal agropecuário. Foi flagrado conversando com Osvaldo José Antoniassi sobre recebimento de propina, segundo a polícia. Ian Anderson Staffa Maluf de Souza, advogado de Tursi, afirmou que seu cliente é inocente e que o provará no decorrer do processo.

Osvaldo José Antoniassi - Fiscal federal agropecuário atuante em Foz do Iguaçu (PR). Foi flagrado conversando com Marcelo Tursi Toledo sobre recebimento de propina, segundo a polícia. Defesa não foi localizada.

Sidiomar de Campos - Agente administrativo em unidade técnica regional de agricultura em Londrina. Era executor de ordens de Juarez José de Santana, que liderava uma célula criminosa autônoma no Paraná. Recolhia e entregava encomendas suspeitas. O G1 tentou contato com a defesa de Sidiomar, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

Antonio Garcez da Luz - Fiscal federal agropecuário, chefe do escritório do Ministério da Agricultura em Foz do Iguaçu (PR). Era próximo de Daniel Gonçalves Filho e de Gil Bueno de Magalhães, mas não integrava essa organização criminosa. Agia paralelamente, mantendo seu grupo criminoso na cidade fronteiriça. O G1 tentou contato com a defesa de Bonesi, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

Mariana Bertipaglia de Santana - Filha de Juarez José de Santana, que liderava uma célula criminosa autônoma no Paraná. Teria atuado como "laranja" do pai e chegou a ser sócia em empresas agora investigadas pela polícia. Defesa não foi localizada.

Investigações

A operação indica que eram usados produtos químicos para maquiar carne vencida, e água era injetada nos produtos para aumentar o peso. As carnes irregulares eram vendidas no Brasil e no exterior. Há também casos de papelão em lotes de frango e carne de cabeça de porco em linguiças.

Mais de 20 empresas são investigadas na operação, das gigantes JBS e BRF – que controlam marcas como Seara, Perdigão e Friboi – a frigoríficos menores como Master Carnes, Souza Ramos e Peccin.

As autoridades não detalharam quais irregularidades foram cometidas por cada empresa.

As empresas afirmam que estão colaborando com as investigações e negam adulteração nos produtos. Há ainda a suspeita de que os partidos PP e PMDB eram beneficiados com propina.

Outro lado

BRF

A BRF declarou que a fábrica interditada de Mineiros está habilitada pra exportar para os mercados mais exigentes do mundo, como Canadá, União Européia, Rússia e Japão e que isso significa que segue as diferentes normas estipuladas por esses países.

Segundo a empresa, uma auditoria do Ministério da Agricultura, no fim de fevereiro, considerou a unidade apta a manter suas operações. A companhia também afirmou que a interdição é preventiva e temporária e que vai durar até que apresente as informações que atestem a segurança e a qualidade de seus produtos, o que vai acontecer em breve, uma vez que, segundo a companhia, os processos e os padrões estão entre os mais rigorosos do mundo.

A BRF declarou, ainda, que a empresa e seus técnicos respeitam os princípios éticos e legais do Brasil e dos países para os quais exporta, que não compactua com práticas ilícitas, que está realizando uma apuração independente e que tomará medidas cabíveis, caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação.

A empresa também declarou apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade, com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de companhias idôneas e gerar alarme na população.

JBS

A JBS declarou que a qualidade é a sua maior prioridade e a razão de ter se transformado na maior empresa de proteína do mundo. Acrescentou que exporta para mais de 150 países, como Estados Unidos, Alemanha e Japão e que é auditada por missões sanitárias internacionais e por clientes.

A empresa afirmou que, no Brasil, há dois mil profissionais dedicados exclusivamente a garantir a qualidade dos produtos JBS e das marcas Friboi e Seara e que 70 mil funcionários têm treinamento obrigatório nessa área todos os anos.

A JBS afirmou, ainda, que no despacho da Justiça não há menção a irregularidades sanitárias da empresa, que nenhuma fábrica dela foi interditada, que nenhum executivo da companhia foi alvo de medidas judiciais e que não compactua com desvios de conduta.

Por fim, a JBS afirmou que reforça o comprometimento com a qualidade de seus produtos e que reitera seu compromisso com o aprimoramento das práticas sanitárias.

Peccin

A Peccin informou que repudia o que chamou de falsas alegações que levaram às prisões de seus diretores, e que tem interesse em contribuir com as investigações.

Master Carnes, Souza Ramos

A Central de Carnes Paranaense, dona das marcas Master Carnes e Souza Ramos, disse que colabora com a investigação, que classifica como "de suma importância para uma concorrência leal do mercado". "É importante que se desvincule a ideia de que todas as empresas investigadas pela polícia de fato adulteram e/ou burlam a lei", ressaltou.

PMDB

O PMDB informou que desconhece o teor da investigação, mas não autoriza ninguém a falar em nome do partido.

PP

Em nota, o PP disse que desconhece o teor das denúncias e que "o partido apoia minuciosa investigação e o rápido esclarecimento dos fatos".

Roney Nogueira

A defesa de Roney Nogueira afirmou que o cliente retornou ao Brasil assim que soube do decreto de prisão para prestar os esclarecimentos necessários.