Sobe para 4 os casos de ferrugem em lavouras comerciais de soja em MS

Mato Grosso do Sul encerrou a primeira quinzena de dezembro contabilizando quatro focos de ferrugem asiática em lavouras comerciais de soja. No início do mês, conforme o Consórcio Antiferrugem, a parceria público-privada que atua no combate a doença, havia sido confirmado apenas um caso em área cultivada, em Amambai.

Outros três casos em lavouras comerciais foram confirmados em Dourados entre os dias 8 e 9 de dezembro, todos pela Fundação MS. Com esse número, Mato Grosso do Sul passa a ocupar a segunda posição no levantamento da consórcio em focos da doença no país na temporada 2016/2017, ficando atrás somente do Paraná, que já tem oito confirmações. No país são 16 ocorrências no ciclo.

Safra passada

Na safra 2015/2016, Mato Grosso do Sul registrou 70 focos de ferrugem asiática, 268% a mais do que no ciclo anterior, 2014/2015, que foi de 19 casos. Também foi a maior incidência das últimas seis temporadas, até então. O último surto havia ocorrido na temporada 2009/2010, quando os agricultores sul-mato-grossenses contabilizaram 333 ocorrências da doença.

Chapadão do Sul, no nordeste do estado, foi um dos municípios que registrou o maior número de casos em todo o país na temporada passada, com 40 focos. Além da cidade, outros 12 municípios do estado registraram casos da doença: Amambai (1), Aral Moreira (4), Camapuã (1), Costa Rica (4), Dourados (4), Laguna Carapã (2), Maracaju (4), Naviraí (2), Ponta Porã (4), São Gabriel do Oeste (1), Sidrolândia (2) e Sonora (1).

O que é a ferrugem asiática

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.

Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.