Publicado em 12/05/2017 às 14:22, Atualizado em 13/09/2024 às 19:35
Caso foi na noite de quinta-feira (11), em Dourados (MS). Suspeito e menino ainda não foram encontrados pela polícia.
Um jovem de 25 anos, suspeito de abusar de um menino de 11 anos, invadiu uma entidade de acolhimento para crianças, na noite de quinta-feira (11) e sequestrou o garoto em Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande.
O vídeo do circuito de segurança da entidade mostra o momento em que o rapaz entrou na casa onde funciona o berçário, ameaçou a cuidadora, a filha dela e uma auxiliar que estavam no local. A mulher, que é responsável por 12 crianças que estão na instituição, conta que o homem foi agressivo.
“Ele falou assim: 'me dá meu amor'. Aí eu lembrei, ah é o guri, é o único guri que tem aqui, é ele. Porque o amor dele é ele. Aí eu fui lá catei o guri e falei leva, leva e empurrei o guri assim. Ele falou assim: 'não, não quero ir'. Ele ficou quieto. Tudo que o rapaz fazia e fez e ele foi embora, não teve nenhuma reação o menino”, conta a funcionária.
O caso aconteceu às 19h30 (de MS). O Conselho Tutelar havia acolhido o menino na reserva indígena de Dourados e o deixou na entidade duas horas antes do sequestro. Na instituição só ficam crianças de até 8 anos, porém, o garoto tem duas irmãs no berçário e, por isso, foi levado para lá.
O suspeito é vizinho do menino. Ninguém do Conselho quis gravar entrevista. A direção da entidade acredita que o homem chegou até a casa onde funciona o berçário depois de pular um muro. A cerca elétrica estava desligada. Ele pegou a faca por uma janela e entrou pela porta que estava encostada.
O Conselho Tutelar acompanha o garoto desde novembro do ano passado porque havia suspeita que estaria sofrendo abusos. Na época, foi feito um exame de corpo de delito que não confirmou a suspeita. Os conselheiros continuaram desconfiados e iriam levar o menino para fazer um novo exame nesta sexta-feira (12).
Nessa manhã, foi registrado um boletim de ocorrência contra o jovem por sequestro. Ele e a criança ainda não foram localizados. Também foram registrados outros dois boletins de ocorrência por abuso sexual envolvendo o suspeito e o menino. Um nesta quinta-feira, quando o garoto foi levado para o abrigo, e outro no ano passado.