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Violência contra a mulher é tema de palestra realizada no Hospital Regional de Ponta Porã

Ação foi alusiva ao “Agosto Lilás”, campanha que tem como objetivo conscientizar a população sobre o combate a violência contra a mulher

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Divulgação

Foi realizada no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto (Hospital Regional de Ponta Porã) palestra alusiva a campanha “Agosto Lilás”, que em 2018 marca os 12 anos da Lei Maria da Penha. O evento teve como o objetivo conscientizar e informar pacientes, acompanhantes e colaboradores do HR sobre o combate a violência contra a mulher. A palestra foi ministrada pela advogada e presidente da Comissão da Mulher Advogada de Ponta Porã, Luciana Chaves, com o apoio do CAM (Centro de Atendimento a Mulher). A ação foi organizada pela equipe de recursos humanos, serviço de assistência social e CIPA (Comissão Interna de prevenção de acidentes) do Hospital Regional de Ponta Porã.

A palestrante explicou sobre a importância da Lei Maria da Penha na luta contra a violência e o feminicídio no Brasil, e foram esclarecidos os tipos de violência tais como violência física, sexual, patrimonial, moral e psicológica e como combater e denunciar esses crimes. Uma peça teatral realizada pela equipe do CAM também retratou os ciclos da violência que levam ao feminicídio.

“É de grande importância instruir a população e informar os direitos e deveres. Eu tenho feito vídeos informativos também, pois tenho visto que as pessoas carecem desse tipo de informação. Algumas pessoas me procuram para falar que não sabiam que tal coisa era um tipo de violência ou o que estavam passando era violência. Por isso estas palestras direcionadas a homens e mulheres são importantes, para que todos saibam os tipos de violência e como combatê-las”, explicou a advogada Luciana Chaves.

A faxineira, 36 anos, Fany Natalia Gonçalves elogiou o evento. “Foi realmente muito esclarecedora a palestra, pois nos deparamos com vários desses casos de violência com amigos, vizinhos ou até mesmo família e muitas vezes não sabemos como lidar ou orientar. Agora sei como ajudá-los e incentivá-los a denunciar e combater a violência, e também sei que a violência é um ciclo que, se não cortado, pode levar a tragédias como o feminicídio”, disse.

A fotógrafa Jaqueline Silva, 27 anos, que está acompanhando o filho na pediatria e assistiu à apresentação. “Realmente o teatro nos leva a reflexão dessa violência contra a mulher que, infelizmente, está ainda presente na nossa sociedade. Foi interessante como a apresentação abordou todos os tipos de violência e fez o alerta sobre a violência “camuflada”, que é quando o agressor tenta justificar suas ações”, comentou.

Luciana Chaves enfatizou que o intuito dessas ações é atingir o maior número de pessoas e falou da importância de trazer esse tipo de informação até o Hospital. “Verificamos que várias vítimas vêm até o Hospital Regional de Ponta Porã, aqui é o local que podemos encontrar e também ajudá-las. Fazemos esse trabalho de multiplicação de conhecimento informando sobre a Lei Maria da Penha e de toda a bagagem que esta Lei nos traz. Nosso objetivo é atingir o maior número de pessoas e despertar a coragem para as denúncias, e com isso combatermos cada vez mais essa violência”, completou.

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