Publicado em 29/08/2017 às 12:20, Atualizado em 13/09/2024 às 19:35

Ary Rigo, Gerson Claro e mais 5 servidores foram presos pelo Gaeco

Denuncias levaram à prisão preventiva do ex-deputado estadual Ary Rigo e de Gerson Claro (PSB) e outros cinco servidores estaduais

Midiamax,
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Os contratos de informática do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), alvos da Operação Antivírus, e denunciados recentemente em reportagens exclusivas do Jornal Midiamax, levaram à prisão preventiva do ex-deputado estadual Ary Rigo e de Gerson Claro (PSB) e outros cinco servidores estaduais.

A reportagem apurou junto às forças de segurança pública, que além dos políticos, também estão na Depac Centro o diretor-ajunto do Detran, Donizete Aparecido da Silva, o diretor de administração e finanças, Celso Braz, Erico Mendonça, chefe da divisão de execução orçamentária, finanças e arrecadação do órgão, Gerson Tomi, diretor de TI do Detran, além do servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Luiz Alberto Oliveira Azevedo.

Este último, está lotado como assessor na Segov (Secretaria de Estado de Governo), e compôs a equipe de transição do governador Reinaldo Azambuja, no fim de 2014. Todos foram levados sem algemas para a delegacia.

“Todas as informações que me pediram eu passei. Eles procuraram documentos, mas não encontraram nada do que procuravam. Teve mandado em casa, mas não apreenderam nada. Só o meu celular”, disse Erico Mendonça, que emendou que o Gaeco possui uma relação de empresas, com quais ele afirma não manter relações.

Rigo

O ex-deputado Ary Rigo chegou por volta das 11h25 no Imol (Instituto de Medicina Legal), em uma viatura descaracterizada, acompanhada de agentes do Gaeco. Ele não falou com a imprensa.

Gerson Claro

“A empresa que estou vendo é um contrato que rescindimos, é a ITEL e a AAC, que a gente rescindiu e contratou por um terço do valor do serviço prestado. Era um contrato de um R$ 1,5 milhão e contratamos por R$ 350 mil (por mês)”, afirmou Gerson Claro.

O contrato citado pelo diretor do Detran, que já foi alvo de diversas de denúncias de irregularidades, por parte dos próprios servidores do órgão, é o contrato do Detran com o Consórcio Reg-Doc, administrado por Raquel Braga Robaldo e formado pelas empresas Itel Informática, investigada na Operação Lama Asfáltica, AAC Serviços e Consultoria Ltda, que teve o contrato de R$ 73 milhões rompido com o Detran, em abril de 2016.

O serviço em questão é para guarda de dados de veículos alienados, que foi alvo de diversas denúncias publicadas pelo Jornal Midiamax, com exclusividade. O governo chegou a licitar por R$ 17 milhões o mesmo serviço.

Segundo Gerson Claro, o Detran tem feito um ‘rigoroso trabalho de fiscalização’ com as empresas de informática, que são o principal alvo da Operação Antivírus, que investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.

Ao todo, os agentes do Gaeco cumprem nove mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão.

O diretor de finanças do Detran, Celso Braz, também foi levado para a Depac Centro, e a reportagem apurou junto ao Gaeco que, neste caso, se trata de prisão preventiva.