Claudinho Serra sob Monitoramento Judicial: Restrições e Proibições Após 23 Dias na Cadeia

Após passar 23 dias atrás das grades, o ex Secretário de Finanças do municipio de Sidrolândia e atual vereador Claudinho Serra (PSDB) enfrentará seis meses de monitoramento rigoroso da Justiça, marcados pelo uso de uma tornozeleira eletrônica. As restrições impostas pela decisão judicial limitam severamente sua liberdade, incluindo horários estritos e proibições de atividades específicas.

O desembargador José Ale Ahmad Netto emitiu a determinação na tarde de ontem (26), exigindo que Claudinho Serra permaneça em casa todas as noites, das 20h às 6h, inclusive em feriados e fins de semana. A decisão também estipula que o ex secretario finanças de Sidrolândia e agora vereador do PSDB compareça mensalmente ao tribunal para comprovar seu endereço atual.

Além disso, o parlamentar está proibido de frequentar locais de aglomeração, como bares e restaurantes, e consumir bebidas alcoólicas. Outra restrição significativa é a proibição de se aproximar de testemunhas relacionadas ao suposto esquema de corrupção em obras públicas, bem como de sair da comarca de Campo Grande sem autorização judicial prévia.

Claudinho Serra foi "equipado" com a tornozeleira eletrônica durante o plantão na noite de sexta-feira (26), iniciando assim um período de monitoramento rigoroso que afetará significativamente sua vida pessoal e profissional.

A medida judicial reflete a seriedade das acusações contra o vereador do PSDB e busca garantir a integridade do processo investigativo em curso. Enquanto isso, a comunidade observa atentamente os desdobramentos desse caso que abalou a política local.

Desvio de R$ 15 milhões

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), prendeu Claudinho no dia 3 de abril.

O parlamentar atuou entre abril a dezembro de 2021 como diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia.

Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.

Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.