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Condenado por cotovelada em São Roque ganha liberdade condicional

Anderson de Oliveira foi preso após agredir mulher em 2014.Comerciante estava preso na penitenciária de Tremembé.

(Foto: Reprodução/TV TEM)
(Foto: Emilio Botta/G1)

A Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos (SP) concedeu liberdade condicional ao comerciante Anderson Lucio de Oliveira, condenado por ter agredido a auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar com uma forte cotovelada em 2014.

Oliveira, que foi condenado a cinco anos de prisão por lesão corporal grave com agravante de crime contra a mulher, e deixou a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado II de Tremembé (SP) na sexta-feira (6), onde cumpria regime semiaberto.

Da pena de cinco anos, foi descontado o período de um ano que ele passou preso durante a investigação e julgamento do caso.

JulgamentoEm depoimento ao júri em agosto de 2015, Anderson afirmou que teve intenção de agredir Fernanda. Nunca passou pela minha cabeça bater nela. Nada foi premeditado ali, afirmou, ao dizer que não conhecia a vítima.

O julgamento começou às 10h e a primeira testemunha a ser ouvida pelo juiz, pelo promotor e pelo advogado de defesa foi a vítima Fernanda. Ela afirmou que não se lembra do que falou para Anderson e o que teria motivado a cotovelada. A auxiliar de produção também disse que não estava bêbada, que tinha tomado uma cerveja e duas taças de vinho, e que só entendeu o que tinha acontecido quando viu as imagens da agressão na TV. 

Depois da vítima, dois bombeiros que atenderam a ocorrência foram ouvidos. Um deles afirmou que nenhuma testemunha que estava no local no momento indicou o motivo da queda e que encontrou a vítima agitada e vomitando. Além dos bombeiros, também foram ouvidas seis testemunhas, entre elas a madrasta da vítima e a ex-mulher de Anderson.

Segundo o réu, a agressão foi motivada por provocações de Fernanda, que estaria alterada e xingando a mãe e o pai dele [que havia morrido alguns meses antes]. Naquele momento, eu teria dado a cotovelada em qualquer um, até mesmo no senhor, disse o comerciante, dirigindo-se ao juiz.

 

Quando questionado pelo promotor, o comerciante afirmou que a intenção do seu movimento foi afastar a vítima. Para mim, não foi nem uma cotovelada, mas uma braçada para tirar ela de perto, mas deu a repercussão que deu. Não pensava nem que ela iria cair. Me arrependi disso, afirmou o réu. Ele alegou também que não socorreu a vítima por não saber o que fazer na hora, e não conversou com os bombeiros por ter medo da reação das pessoas. Ao sair do Fórum, escoltado e algemado, o comerciante sorriu e gritou para os familiares e amigos que aguardavam o fim do julgamento.

Entenda o casoFernanda sofreu traumatismo craniano após ser atingida com uma cotovelada pelo comerciante na frente de um clube na madrugada de 16 de agosto de 2014. Ela ficou 15 dias internada no Hospital Regional, em Sorocaba, onde chegou a ficar em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Após ter alta, no dia 2 de setembro, Fernanda foi para a casa de parentes, onde ficou por alguns dias. Em seguida, ela passou um mês internada em uma clínica psiquiátrica de São Roque, onde passou por tratamento neurológico. No dia 16 de setembro, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decretou a prisão preventiva por tempo indeterminado do comerciante. 

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