Publicado em 12/04/2018 às 14:30, Atualizado em 13/09/2024 às 19:37
Hanna Dickenson foi condenada a três meses na prisão, além de um ano de serviços comunitários
Uma mulher de 24 anos foi presa depois de fingir que estava com câncer em estado terminal e conseguir R$ 87 mil de parentes e amigos para “fazer um tratamento fora do país”. Hanna Dickenson foi condenada a três meses na prisão, além de um ano de serviços comunitários.
Hanna começou a mentira em 2013, quando disse aos pais que havia sido diagnosticada com Leiomiossarcoma, um raro tumor cancerígeno. Sem condições financeiras para bancar os cuidados com a filha, eles começaram a pedir dinheiro para parentes e amigos. Com isso, eles conseguiram arrecadar 41.770 dólares australianos (pouco mais de R$ 87 mil em valores do período).
Porém, as redes sociais fizeram com a moça fosse desmascarada. Apesar de “doente”, Hanna não se furtou em documentar sua vida de festas e bebidas, muitos menos suas viagens para Europa e Tailândia. Um dos casais que ajudaram a mulher percebeu que havia caído em um golpe e decidiu avisar à polícia.
“Comecei a fazer meu dever de casa. Gastei muito tempo documentando tudo para mostrar que era golpe e fui às autoridades”, disse Nathan Cue à imprensa australiana. O julgamento só teve fim este ano. A advogada de defesa, Bev Lindsay, argumentou que foram os pais de Hanna quem pediram o dinheiro, não ela. Além disso, afirmou que ela, atualmente, é corretora imobiliária e uma condenação seria ruim para os negócios.
Contudo, para o juiz juiz David Starvaggi, da Corte de Melbourne, a ré “feriu um dos sentimentos mais profundos da natureza humana”.
Hanna acabou confessando o crime frente à Justiça australiana na última terça-feira (10), sendo considerada culpada em sete acusações de fraude. “A confiança social da população e o desejo de ajudar das pessoas foram violados. Estes são cidadãos que trabalharam duro para conseguir o que têm”, garantiu Starvaggi.