A situação crítica da Santa Casa de Campo Grande pode se agravar ainda mais caso a Justiça atenda o pedido do MPT-MS (Ministério do Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) de bloqueio de seus bens.
Com risco dos médicos do hospital paralisarem as atividades, o MPT-MS protocolou na quarta-feira (9) pedido de imediato bloqueio dos recursos disponíveis nas contas bancárias do hospital. Cerca de 60% dos trabalhadores dos setores administrativos e de enfermagem aderiram à greve.
Segundo o MPT, o bloqueio é uma forma de regularizar o recorrente atraso no pagamento dos salários dos funcionários. A medida teve origem após denúncia do Sinmed (Sindicato dos Médicos), além das informações divulgadas na imprensa.
Na reunião na Assembleia Legislativa, realizada hoje, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Esacheu Nascimento, disse que tem a receber R$ 3.170.000 referentes ao mês de junho, R$ 20.101.690 referente a julho, além de valores assumidos pela prefeitura da capital há oito meses em reunião com a Promotoria.
O secretário Municipal de Saúde Marcelo Vilela garantiu que cerca de R$ 9 milhões referentes a dois meses de atraso seriam depositados nesta quarta-feira. Segundo ele, R$ 4,4 milhões seria do município e R$ 4,5 milhões do estado.
Já os recursos federais, conforme o faturamento das guias executadas, devem ser feitos entre os dias 12 e 20 de cada mês. Essa data é o impasse com a direção do hospital que pede o repasse até o quinto dia útil.
O hospital já enfrenta o problema de superlotação e, desde a semana passada, fechou os portões para as ambulâncias e conseguiu um acordo para atender apenas casos de urgência e emergência.
Em junho deste ano, atendendo a pedido do MPT, a Justiça do Trabalho confiscou os valores necessários para o pagamento dos salários dos médicos. Naquela época, resolveu o problema que que daria razão à greve da categoria. As informações são do portal de notícias.
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