O juiz da 2ª Vara Cível e Criminoso de Maracaju, Marco Antônio Montagnana Morais, converteu a provisória do ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja em prisão preventiva para cumprimento em regime domiciliar, após ser alegado que o mesmo se trata de uma pessoa debilitada, pela idade e por ser acometido de comorbidades.
Azambuja integra um esquema de corrupção, que desviou R $ 23 milhões dos cofres públicos do município. O esquema foi deflagrado na última quarta-feira (22) com o mandado de prisão a sete servidores públicos, inclusive o ex-prefeito.
Conforme o advogado Rodrigo Dalpiaz, explicou, Azambuja pode ter contato apenas com familiares, e só sair para consultas médicas e exames de autorização prévia da Justiça, o emedebista será monitorado por tornozeleira eletrônica.
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O emedebista ficou foragido por três dias até se entregar na sexta-feira (24). O acusado prestou depoimento na segunda-feira (27) e negou ser responsável pelo esquema.
Sobre a acusação, o advogado Rodrigo Dalpiaz afirmou que não fará declarações e só deverá se manifestar após a ação penal ser protocolada na Justiça.
Também teve a prisão preventiva decretada pelo desvio milionário, Lenilso Carvalho, ex-secretário municipal de Administração, Daiana Cristina Kuhn, o empresário Pedro Everson Amaral Pinto, eo técnico de edificações, Edemilson Alves Fernandes.
Os policiais do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) mantêm a investigação em busca de novos representados no esquema milionário de desvio de dinheiro público em Maracaju.
Somente após a conclusão da investigação policial, o caso será encaminhado ao Ministério Público Estadual para eventual denúncia à Justiça.
Dark Money
A operação teve início na última quarta-feira (22) com o mandado de prisão a sete servidores públicos, inclusive o ex-prefeito Maurílio Ferreira Azambuja.
Azambuja esteve à frente da administração da cidade durante três mandatos, sendo de 2005 a 2008 e de 2013 a 2020.
Os criminosos desviaram R $ 23 milhões do dinheiro público entre os anos de 2019 e 2020.
Segundo o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), foi constatado que criou uma conta bancária de fachada e não declarada aos órgãos de controle do município, no qual pegou mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano .
Com isso, conseguiram emitir mais de 600 lâminas de cheques, totalizando o valor desviado de R $ 23 milhões, para empresas sem embasamento jurídico.
Além disso, houve apreensão de aparelhos eletrônicos, smartphones, computadores, documentos, 10 veículos, um barco, jóias e várias cédulas de valores diversos no valor total de R $ 109.000,00 e R $ 143.000,00 em espécie, além de armas de fogo e munições de vários calibres.
Conforme a investigação, muitas empresas que foram beneficiadas não tinham relação ou contato com a prefeitura da cidade. Além disso, não era feita uma emissão de notas fiscais e os valores não eram ocorridas a despesas ou operações legais.
Também houve 26 mandados de busca e apreensão, promoção de bloqueio de bens e medidas cautelares.
A Operação “Dark Money”, foi batizada com este nome em alusão a natureza do dinheiro fruto da corrupção sistêmica que atinge os públicos.
com informações correio do estado
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