Publicado em 06/09/2024 às 13:30, Atualizado em 13/09/2024 às 19:48

Ar é considerado insalubre e recomendação é máscara

Monitoramento em tempo real mostra que ar apresenta risco à população em geral.

Campo Grande News,
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(Foto/Reprodução)

Moradores de Campo Grande respiram ar impróprio, classificado como insalubre, com recomendação de uso de máscara. A situação é resultado da fumaça que paira sobre a cidade, por conta dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul.

A condição perigosa consta na plataforma IQAir, empresa suíça que monitora a qualidade do ar no mundo em tempo real. Pelos dados divulgados, a classificação de insalubridade havia sido registrada ontem (5) e irá perdurar, pelo menos, até 12 de setembro.

Pela plataforma, quanto mais alto o número atribuído ao município, maior o risco, sendo insalubre a terceira pior classificação. As outras duas são “muito insalubre” e “perigosa”.

De hoje até domingo (8), a plataforma mantém a classificação de insalubridade para todos os moradores de Campo Grande. Nos dias 9 e 10, o risco à saúde refere-se a grupos considerados sensíveis, como crianças, idosos, doentes respiratórios e cardíacos.

Para os dias 11 e 12, o alerta volta a ser dado à população em geral, dentro da classificação vermelha. A recomendação é que a população evite exercícios físicos, feche as janelas, use purificador do ar e máscaras em ambientes externos.

Além de Campo Grande, Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho também estavam na classificação insalubre.

É a fumaça das queimadas a responsável pela piora das condições para respirar em grande parte do país, diz o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de operações do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

"Estamos em uma seca intensa, que começou no ano passado com uma estação chuvosa deficitária", afirma Seluchi. A estiagem é mais severa até mesmo onde já chove pouco nesta época. Com informações da Folha de S. Paulo.

O professor Widinei Alves Fernandes, coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), no entanto, diz que a plataforma usa imagens de satélite que não pega a concentração na superfície, mas dados abrangentes. "Como nós temos uma nuvem de fumaça que está passando e boa parte dela não está na superfície, esse valor [plataforma], fica excessivo", avaliou. 

De acordo com o professor, na estação local que monitora na superfície, está medindo concentração na faixa considerada como moderada.