"MUITO BARRACO POUCA GENTE" O que existe são muitos vigaristas espalhados em acampamentos nas beiras de estradas, e eles mentem ao afirmar que nunca foi tão fácil conseguir um lote de reforma agrária.
Os acampamentos de sem-terra estão cada vez mais numerosos em Mato Grosso do Sul, o que necessariamente não significa que a quantidade de pessoas vinculadas a esses grupos de camponeses tenha crescido na mesma proporção.
A julgar pela movimentação verificada por nossa equipe de reportagem ao visitar algumas destas aglomerações de barracos nas margens de rodovias que dão acesso a Campo Grande, à medida que as estruturas feitas de madeira, palha, papelão e lona se multiplicam, elas ficam cada vez mais desabitadas.
A última inauguração de um projeto de assentamento rural em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2014. O trabalho do Incra para desapropriar fazenda, delimitar área e distribuir os lotes, neste caso específico, começou pelo menos quatro anos antes, no início da década. E o cenário futuro é ainda mais pessimista aos que esperam por novos parcelamentos de propriedades para concedê-las aos sem-terra. Não há nenhum trabalho em novos projetos no Incra.
O que existe são muitos vigaristas espalhados pelas beiras de estradas. Vigaristas que mentem ao afirmar que nunca foi tão fácil conseguir um lote de reforma agrária. Muitos deles se integram a esses movimentos e, quando recebem estas propriedades, são os primeiros a abandoná-las, vendê-las ou arrendá-las informalmente.
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