Buscar

Após atingir o orgasmo, britânica teve derrame cerebral e ficou paralisada

Lucinda Allen decidiu revelar sua história e expor uma condição chamada cefaleia orgástica, que quase a matou há cinco anos.

Cb image default

Lucinda Allen (à esquerda) posa ao lado da filha, Marri-Alice, e do marido Tony

De acordo com o Mail Online, uma mulher britânica decidiu recentemente expor um episódio de sua vida amorosa que aconteceu há cerca de cinco anos, que quase a matou [VIDEO] e que acabou confinando-a em uma cadeira de rodas para o resto da vida. Lucinda Allen, de 38 anos de idade, acredita que a divulgação deste assunto tão íntimo pode ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo problema e que, assim como ela, acreditam que não têm que se preocupar por sofrerem com a chamada dor de cabeça associada à atividade sexual ou, na terminologia científica, #cefaleia orgástica.

Lucinda regularmente apresenta episódios de dor de cabeça após manter atividade sexual e, em 25 de agosto de 2012, estava se sentindo cansada, em função de sua gravidez de 26 semanas, durante a qual desenvolveu diabetes gestacional.

No entanto, ela checava regularmente sua pressão arterial e, como esta se encontrava baixa, decidiu ter relações íntimas com seu marido, atingindo o clímax duas vezes.

Conforme o esperado, a cefaleia apareceu na forma de uma dor aguda acima do olho direito e, uma vez que Lucinda vinha experimentando esses episódios durante toda sua vida adulta, não se preocupou muito. Entretanto, desta vez aconteceu algo diferente: o incômodo não diminuiu rapidamente como da forma costumeira – pelo contrário, a dor aumentou e começou a irradiar para toda a cabeça.

A britânica tentou dormir, mas a cefaleia era tão forte que ela começou a se retorcer na cama. Seu marido, Tony, telefonou para a sogra e a mulher aconselhou o casal a chamar uma ambulância.

Diagnóstico

Lucinda Allen trabalhou como terapeuta ocupacional e, enquanto era levada para o hospital Queen Elizabeth, em Birmingham – momento em que já havia perdido a capacidade de falar – pediu papel e caneta aos socorristas e escreveu: "hemorragia cerebral???".

Seu conhecimento médico se mostrou correto, pois exames relevaram que ela havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC, também conhecido como derrame) inicial, que foi seguido por mais quatro incidentes iguais. Devido à gravidade da situação, a britânica foi colocada em coma induzido e teve seu cérebro operado.

Por sorte, o episódio não afetou a saúde do bebê. A mulher saiu do coma após seis dias, mas ainda precisou passar três meses no hospital e sua filha, Marri-Alice, nasceu totalmente saudável, no dia 19 de novembro de 2012.

Contudo, a vida de Lucinda nunca mais foi a mesma, já que todo o lado esquerdo do seu corpo ficou completamente paralisado. O neurocirurgião da britânico, Alessandro Palazzo, lhe assegurou que é improvável que outro incidente semelhante possa ocorrer novamente, de modo que ela não deve deixar sua vida amorosa de lado.

Falando ao Mail Online, Lucinda afirmou que agora "está em uma missão" para aumentar o conhecimento das pessoas sobre o fato de que dores de cabeça pós-orgasmo podem indicar a iminência de uma hemorragia cerebral.

Ela declarou: "Tudo o que quero agora é fazer outras pessoas se conscientizarem dessa condição aterradora. Penso que, se as pessoas estiverem cientes, elas saberão lidar com isso rapidamente, quando forem atingidas".

A cefaleia orgástica acomete aproximadamente 1% da população mundial, sendo cerca de três a quatro vezes mais comum no sexo masculino, geralmente apresentando picos aos 20 e 40 anos de idade. #Europa #Medicina

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.