Uma mulher brasileira foi morta pela polícia de Portugal nessa quarta-feira (15) após o carro em que ela estava ser confundido com o que foi usado por criminosos para assaltar um banco na cidade de Almada, a 12 km de Lisboa, onde o caso aconteceu. A mulher de 36 anos foi identificada como Ivanice Carvalho da Costa.
De acordo com a imprensa portuguesa, os policiais não conseguiram acompanhar os criminosos que fugiam e, ao se depararem com um Renault Megane preto, próximo ao aeroporto de Lisboa, deram a ordem de parada ao veículo - que era semelhante ao usado pelos assaltantes.
O motorista, que é marido da vítima e não tinha carteira de habilitação, fugiu para não ser detido.
No momento da fuga, ainda segundo a imprensa local, os policiais atiraram cerca de 20 vezes contra o carro para tentar impedir o fugitivo. Um desses tiros acertou o pescoço da mulher, que estava no banco do passageiro.
A vítima ainda não foi oficialmente identificada. Essa foi a primeira morte causada pela polícia portuguesa em 2017.
Investigação
Nesta quinta-feira (16), sete policiais envolvidos no caso foram interrogados pela Polícia Judiciária. Desses, seis foram indiciados pela morte da brasileira.
De acordo o comunicado da Polícia de Segurança Pública, a mulher seguia num carro que não parou à ordem policial e o motorista tentou atropelar policiais que estavam na ocorrência.
A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o Itamaraty, que disse não ter conhecimento do caso, e com a polícia portuguesa, que ainda não respondeu as mensagens da reportagem.
Veja abaixo a íntegra da nota da Embaixada do Brasil em Lisboa:
“A Embaixada tomou-se conhecimento, hoje, 16 de novembro, de que a pessoa morta em ação policial durante a madrugada de ontem, em Lisboa, era nacional brasileira. A Embaixada lamenta profundamente o ocorrido.
A família da vítima já entrou em contato com o Consulado Geral do Brasil em Lisboa, que prestará o apoio cabível.
A Embaixada acompanha atentamente o caso e aguarda novas informações a respeito do inquérito com vistas a determinar o curso de ação a ser tomado.”
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