Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira que detectaram ecos do Big Bang: ondas gravitacionais deixadas pelo fenômeno ocorrido há quase 14 bilhões de anos. Essa é a primeira vez em que há evidências diretas da expansão cósmica e em que cientistas conseguem vislumbrar como o universo nasceu.
A descoberta foi feita por meio do telescópio Bicep (Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization), localizado no Polo Sul, e relatada por pesquisadores do Centro para Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos. Também fizeram parte do estudo especialistas da Universidade Stanford e do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
As ondas gravitacionais foram previstas pela Teoria da Relatividade de Albert Einstein, mas eram até agora a única parte da teoria que ainda não havia sido comprovada diretamente. Elas consistem em pequenas e distorcidas ondulações que transportam energia pelo espaço. As ondas gravitacionais demonstram a expansão do universo na primeira fração de segundo de sua existência, uma fase conhecida como inflação cósmica.
A descoberta ainda precisa ser confirmada por outros grupos de cientistas para ser totalmente confirmada. Especialistas ouvidos pela revista americana Time, no entanto, já consideram o achado como extraordinário e merecedor de um (prêmio) Nobel.
A detecção destas ondulações é um dos objetivos mais importantes da cosmologia na atualidade e resultado de um enorme trabalho realizado por uma grande quantidade de cientistas, disse John Kovac, professor de astronomia do Harvard-Smithsonian e coordenador dos estudos que levaram à descoberta.
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