Em meio a tensão que envolve a legitimidade das eleições presidenciais no país, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o adiantamento do Natal no país para o dia 1º de outubro. O decreto chegou a conhecimento público na noite desta segunda-feira, 2, no programa em que apresenta semanalmente na televisão.
"Está chegando em setembro e se diz: 'Setembro já cheira a Natal'", iniciou Maduro. "E por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro. Começa o Natal em 1º de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança", declarou no programa Con Maduro+.
Apesar de parecer estranho, não é a primeira vez que o líder chavista adianta a festa de fim de ano. Há 11 anos, Maduro transferiu a comemoração natalina para o 1º de novembro, sob a justificativa de “derrotar a amargura".
Em março daquele ano, Hugo Chávez tinha morrido e o atual pesidente venezuelano fo eleito em uma eleição presidencial que teve seu resultado contestado. Já em 2020, durante a pandemia, Maduro transferiu o Natal para 15 de outubro.
A atual decisão do líder chavista reflete um momento de crise e tensão mais uma vez. Desde que Maduro foi declarado reeleito nas eleições de 28 de julho, a comunidade internacional tem posto em dúvida a lisura do processo eleitoral. Entidades alegam que o candidato da oposição, Edmundo González, teria conquistado a maioria dos votos.
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