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Após vídeo apontar violação, cemitério diz que corpo de Rafaat continua em Ponta Porã

Narcotraficante foi morto a tiros em guerra para controle do tráfico na fronteira

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Divulgação

Após notícias divulgadas recentemente de que o túmulo onde está o corpo do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani teria sido violado para ser queimado, a administração do cemitério Cristo Rei, em Ponta Porã – distante 346 km de Campo Grande, informou que o corpo continua no local. O narcotraficante foi morto a tiros em junho de 2016, em uma guerra para controle do tráfico na região de fronteira, entre Brasil e Paraguai.

A administração confirmou que o túmulo teria sido violado durante uma madrugada, cerca de um ano após Rafaat ser enterrado. O pedreiro chegou pela manhã, constatou a violação e acionou a polícia. A PF (Polícia Federal) foi até o local, onde realizou perícia e constatou que o corpo não havia sido violado.

Conforme reportagem divulgada pelo jornal O Dia, um vídeo no celular de um narcotraficante preso no Rio de Janeiro registrou a ação de criminosos, que teriam o intuito de queimar o corpo.

Nas imagens encontradas no celular de Lucas Pereira Theodoro, segundo as informações da polícia carioca, é possível identificar Elton Leonel Rumich da Silva, o Galán – apontado como chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Um diálogo mostra Galán mandando sumirem com o caixão do narcotraficante.

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Lucas foi preso em flagrante no dia 11 de agosto de 2017 em uma operação da PF. Já Elton, também envolvido na morte de Rafaat, foi preso em fevereiro de 2018 por uso de documento falso.

Investigações também revelam que Galán pode ter envolvimento com o grupo terrorista libanês Hezbollah, após conhecimento de uma listagem com 30 mil nomes de pessoas que realizaram transações financeiras com ele. Entre os nomes, supostos terroristas investigados na lavagem de dinheiro do tráfico na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

Prisão

Elton Leonel foi preso por policiais civis da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), em fevereiro de 2018, pelo crime de uso de documento falso. Considerado extremamente perigoso, ele chegou a oferecer R$ 7 milhões aos agentes da Desarme para não ter cinco celulares e uma caderneta com anotações de valores levados.

De acordo com as informações da Polícia Federal em Ponta Porã, investigação apontou que Galant – que está preso em Bangu I, no Rio de Janeiro (RJ) – também usava nome de ‘laranjas’ para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Elton usava vários nomes na tentativa de despistar a polícia como, Ronald Benites, Oliver Giovanni da Silva, Elton da Silva Leonel Gallant, Galan e Pakito. Ele estava foragido do sistema penitenciário.

Execução de Rafaat

Galant também é acusado de ter participado da morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani. Segundo informações, com a morte de Rafaat, o objetivo era assumir os negócios com o fornecimento de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Jorge Rafaat foi executado com mais de 16 tiros na noite do dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, na fronteira. Os autores do assassinato do narcotraficante usaram armas de grosso calibre para o crime, fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

As armas furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Um dos seguranças de Rafaat morreu durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos e foi mostrado nas televisões do mundo todo.

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