Publicado em 03/04/2020 às 08:13, Atualizado em 13/09/2024 às 19:40

Chefe de quadrilha que planejou furto milionário a banco usava dez nomes falsos

“Velho” é considerado um dos bandidos mais procurados por roubos a bancos no país. Ele foi preso pelo Garras em Marília (SP)

Campo Grande News,
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Equipamentos usados pela quadrilha para cavar o túnel até o cofre na Nuval (Foto: Divulgação)

Investigações do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) relevaram que o líder da quadrilha que planejou o furto milionário ao Nuval (Núcleo de Valores) do Banco do Brasil, em Campo Grande, usava pelo menos dez nomes falsos para cometer crimes e tinha diversas condenações por roubo a banco pelo país.

Conhecido como “Velho”, o gerente do grupo foi preso no dia 13 de março, na cidade de Marilia, interior de São Paulo, durante a segunda fase da Operação Euphractu – realizada em sincronia com à Operação Hórus.

Na data, os policiais viajaram para Bela Vista, no interior de Mato Grosso do Sul, e aos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para capturar integrantes da organização criminosa. Assim que foi preso, “Velho” se identificou como Márcio Dorneles Mandes Júnior.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, ao longo das semanas, as equipes de investigação da delegacia especializada descobriram que “Velho” na verdade se chamava Ernandes Pereira da Silva e usava várias identidades diferentes para cometer crimes por todo o país.

Além de Marcio Dorneles, foram identificados pelos menos outros nove nomes falsos utilizados por ele: Ernande Pereira da Silva; Ernandes Pereira A Silva; Hernandes Pereira da Silva; Jose Abílio Xaster; José Abílio Xastre; Jose Ferreira da Silva; José Inácio de Sa Goncalves; Jose Wichester e Armando Cezário.

Com isso, foi constatado que “Velho” é considerado um dos bandidos mais procurados do Brasil por roubo a banco. Ao todo, ele foi processado mais de 80 vezes nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

Foi também condenado em vários dos processos, que somavam mais de 30 anos de pena, porém passou tanto tempo foragido que as condenações foram prescritas, ou seja, não podem ser mais aplicadas pelo Estado. No entanto, o criminoso ainda estava com um mandado de prisão expedido justiça de Catalão, Goiás, em aberto. Ele foi cumprido está semana.

Vários integrantes da quadrilha já foram presos, no entanto, ainda há mandados de prisão que não foram cumpridos. Por conta disso, os policiais do Garras seguem as investigações e as buscas pelos envolvidos.