Publicado em 04/09/2017 às 14:04, Atualizado em 13/09/2024 às 19:35
Defesa do acusado aguarda autorização do juiz para a escolta
A defesa de Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, o baterista acusado de assassinar a musicista Mayara Amaral, 27 anos, entrou com pedido de autorização de escolta do cliente até uma agência da Caixa Econômica Federal para o saque do seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O réu foi demitido no dia 4 de agosto logo após sua prisão.
Segundo o advogado Conrado Passos, o documento foi protocolado no dia 29 de agosto na 1ª Vara de Execução Penal da Capital e uma das justificativa para o pedido foi a demissão de Luís logo após a prisão. “Já está concluso para que o juiz decida, mas hoje deve sair”, afirmou.
Também está sob análise da Justiça, o pedido de transferência de músico do Presídio de Trânsito de Campo Grande, onde está detido atualmente.
Preso há pouco mais de um mês, Luís recebeu diagnóstico de sífilis e passa por tratamento médico na própria penitenciária. De acordo com a defesa, o baterista também recebe atendimento para controlar as crises de abstinência em decorrência da falta do uso de drogas.
Eu estive, hoje, falando com o responsável do presídio, ainda não rolou, mas estamos conversando. Vai dar certo”, finalizou.
Insanidade Mental
Depois de culpar o uso de drogas, a defesa de Luís vai pedir à Justiça que o músico passe por avaliação de sanidade mental por acreditar que o baterista tenha cometido o crime “motivado por um distúrbio muito além de sua vontade”.
Segundo Conrado Passos, ele só aguarda que o músico seja notificado oficialmente do processo criminal instaurado contra ele para dar entrada com o pedido na Justiça.
Crime
Mayara foi morta a marteladas dentro de um motel de Campo Grande e depois queimada em uma estrada vicinal na região do Inferninho. Luís Alberto Bastos Barbosa de 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos, o ‘Cachorrão’, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos, foram presos em flagrante pelo crime, na quarta-feira, 26 de julho.
Em depoimento, Luís afirmou que o responsável por matar a musicista foi Ronaldo, pois em sua primeira versão, os três haviam combinado de ir ao motel juntos. Segundo o baterista foi Mayara quem buscou ele e Ronaldo em seu veículo, um Gol modelo 1992. Para entrar no local, ‘Cachorrão’ teria se escondido no banco de trás.
Dias após o crime, a defesa de Luís passou a afirmar que ele queria mudar a versão dos depoimentos e contar que assassinou Mayara durante uma briga e, que estava sozinho no local do crime. O assassinato repercutiu nacionalmente.