Publicado em 31/10/2017 às 10:22, Atualizado em 13/09/2024 às 19:36

Homem estuprou estudante de engenharia civil para vingar suposta traição

Vítima foi abordada ao sair de universidade

Correio do Estado,
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Foto: Osvaldo Nóbrega/TV Morena)

A Polícia Civil investiga se o homem que estuprou uma estudante de engenharia civil na noite de ontem, em Campo Grande, agiu para vingar traição sofrida anos atrás. A mulher dele teria saído com o homem, que é o atual namorado da vítima, motivo pelo qual planejou violentar sexualmente a universitária. Ele é investigado ainda por crime sexual cometido contra a amiga dela.

Conforme apurado, o crime aconteceu por volta das 20h40, enquanto as vítimas saíam da universidade, localizada na Avenida Ceará. A jovem de 22 anos relatou que havia deixado a camionete do pai, modelo S10, estacionada na Rua São Vicente de Paula, perto da universidade. Quando ela e a amiga se aproximaram do veículo, foram abordadas pelo estuprador que estava escorado em uma árvore.

A atitude do bandido deu a entender que já ele sabia que a jovem estaria naquele local. Portando uma pistola calibre .40, o homem anunciou roubo e obrigou que elas entrassem na camionete e ficassem de cabeça abaixada. Ele assumiu a direção e passou a rodar pela cidade, em alta velocidade. As vítimas tiveram a impressão de que ele pegou alguma rodovia. Cerca de 25 minutos depois, perceberam que estavam perto do Hospital do Pênfigo, na saída para Sidrolândia.

Lá, o homem entrou em uma rua de terra, parou em um local pouco movimentado e obrigou que as jovens tirassem a roupa. Depois de tocar ambas, avançou contra a vítima, dizendo que estava a estuprando porque o namorado dela teria saído com sua mulher anos atrás. O estuprador ainda perguntou quem seriam algumas pessoas que estavam na casa da jovem, confirmando a hipótese de que ele a conhecida. Após consumar o ato, obrigou que entrassem novamente na camionete e voltou a circular pela cidade.

Ele parou em outro local escuro, onde a violentou pela segunda vez. Em seguida, ordenou que ambas sujassem as mãos de barro e passem nas portas, volante e câmbio, como forma de apagar impressões digitais. Sempre as ameaçando com a arma, fez com que uma delas dirigisse até perto da Rua da Divisão, no Bairro Parati. Lá, assumiu novamente a direção e depois as abandonou. O autor era moreno claro, entre 23 e 24 anos, cerca de um 1,75m e com cabelos cacheados.

Assustadas, pediram socorro e foram deixadas na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga. Enquanto prestavam esclarecimentos, receberam informação de que a camionete havia sido encontrada incendiada no cruzamento da Rua Maria de Lourdes Barbosa com a Rua José Ribeiro Soares, no Jardim Colibri.

Foi montada força-tarefa com duas equipes da Depac, uma do Grupo de Operações e Investigações (GOI), Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), Batalhão de Choque e 10° Batalhão da Polícia Militar, mas o suspeito não foi encontrado. Equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) investiga o caso.