Publicado em 29/09/2021 às 10:47, Atualizado em 13/09/2024 às 19:44

Identificado homem decapitado e que teve tripas arrancadas na fronteira

Carlos Limar de Souza Lima tinha 38 anos; corpo foi encontrado enrolado em edredom, no lado paraguaio.

Campo Grande News,
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Divulgação

Foi identificado na manhã de terça-feira (28), o corpo encontrado no final da tarde de ontem, enrolado em um edredom e jogado ao lado de área militar, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã.

Segundo a polícia paraguaia, a vítima foi o brasileiro Carlos Limar de Souza Lima, 38. A identidade também foi confirmada pelo papiloscopista da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Carlos Limar de Souza Lima nasceu no dia 21 de julho de 1983 em São Paulo (SP). Buscas feitas na internet mostram esse nome relacionado a processos criminais no Estado de São Paulo.

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Corpo encontrado com cartaz deixado pelo “Crime”, no grupo de extermínio. (Foto: Direto das Ruas)

Carlos foi mais uma vítima dos grupos de extermínio atuantes na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul. Torturado, ele teve a barriga aberta por profundo golpe de faca, teve parte das tripas arrancadas e introduzidas em sua boca e depois foi decapitado.

A cabeça foi deixada junto com o corpo. Sobre o macabro pacote, foi deixado cartaz com a frase “nós do crime estamos deixando claro que não iremos mais admitir covardias cometidas por esses justiceiros, seja quem for”.

O médico legista da Polícia Nacional afirmou que não havia marca de tiro e acredita que a morte tenha ocorrido na tarde de ontem, no máximo duas horas antes do corpo ser encontrado.

A confirmação da cidade de origem de Carlos Limar reforça a suspeita de que ele era integrante de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presidios, e tem grande atuação na região de fronteira.

Policiais paraguaios já tinham levantado a hipótese na noite de ontem devido às tatuagens, entre elas, uma de palhaço no peito. Segundo o código interno da facção, a tatuagem de palhaço significa matador de policiais.

Policiais da fronteira suspeitam que Carlos Limar tenha sido vítima do novo grupo de extermínio da fronteira, identificado como “Crime”. Esse grupo teria sido criado para exterminar integrantes do autodenominado “Justiceiros da Fronteira”, que elimina suspeitos de envolvimento com assaltos na linha internacional.

Coincidentemente, Carlos Limar foi morto menos de dois dias após os “Justiceiros” deixarem outra vítima, o também brasileiro Rogerio Laurete Buosi, 26. Natural de Rondonópolis (MT), ele executado a tiros de pistola em Pedro Juan Caballero, no sábado à noite.