Uma idosa de 73 anos suspeita de tráfico de drogas foi apresentada nesta sexta-feira (30) pela Polícia Civil em Goiânia. Segundo os policiais, ela acobertava o laboratório de refino de cocaína do filho, de 31 anos, que não foi encontrado no momento da abordagem policial. À polícia, a mulher nega que soubesse dos atos ilícitos na residência e afirma que acreditava que o material se tratava de polvilho.
De acordo com delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Alécio Moreira, há seis meses, o homem usava a mãe para camuflar a utilização da casa como laboratório de refino de cocaína. Era uma senhorinha que não chamaria atenção, afirma. A gente sabia que alguém estaria cuidando do laboratório, mas não imaginava que ele seria capaz de colocar a própria mãe em uma situação grave como essa, completa.
Ainda segundo o delegado, a polícia acredita que a mulher tinha conhecimento do tráfico de drogas na residência. Ela sabe o cheiro que tem, percebe movimentação, o filho dela já era envolvido com tráfico. Então, ela sabe bem onde estava envolvida, diz.
A prisão ocorreu na noite de quinta-feira (29) no Setor Hugo de Morais, na capital. Na residência onde ela mora foram apreendidos 25 quilos de cocaína e 150 quilos de insumos como ácido bórico, éter e plástico para embalar os produtos. O material estava localizado no cômodo ao lado do quarto onde dorme a idosa.
As investigações começaram no final do ano passado e tinham como alvo o filho dela. Ele fugiu e ainda não foi localizado. Segundo a polícia, o suspeito tem passagem por tráfico de drogas.
A investigação indica que o homem tinha ao menos outros dois comparsas, mas eles ainda não foram presos. Segundo a polícia, a produção mensal média no laboratório era de 100 quilos de cocaína, o que gerava cerca de R$ 1 mi por mês aos traficantes.
A idosa foi autuada por tráfico de drogas e permanece detida na carceragem da Denarc. É obrigação da polícia autuá-la e colocá-la à disposição do Judicário. O juiz sim pode conceder uma prisão domiciliar a ela, uma liberdade provisória, mas aí é uma questão do Judiciário, explica o delegado.
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