Publicado em 22/10/2019 às 09:33, Atualizado em 13/09/2024 às 19:39

Indígenas acusados de extorquir sitiantes são identificados

Pelo menos 30 sítios vizinhos da reserva estão há um ano cercado por índios.

MGS News,
Cb image default
Divulgação

O PM (Policial Militar) e a professora indígena, presos na tarde de ontem (21), aqui em Dourados, acusados de extorquir sitiantes prometendo segurança nas propriedades rurais, foram identificados. O militar é o sargento Waldison Candido Francisco, de 46 anos, e morador na Aldeia Jaguapiru.

A professora e líder indígena Guarani-Kaiowá, é Dirce Veron, filha do cacique Marcos Veron – assassinado a mando de fazendeiros em janeiro de 2003. Segundo o Campo Grande News, desde que o pai morreu em área de conflito no município de Caarapó, ela se tornou uma das principais vozes em defesa dos indígenas de Mato Grosso do Sul.

A dupla 'cobrava' R$ 120 mil para garantir que uma das áreas próximas da reserva de Dourados não seria invadida. Pelo menos 30 sítios vizinhos da reserva estão há um ano cercado por índios.

O valor extorquido seria pago em quatro parcelas mensais de R$ 30 mil. Quando receberam a primeira parcela ontem, os dois foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil e por policiais da Corregedoria da Polícia Militar.

Waldison e Dirce foram autuados em flagrante na 1ª Delegacia de Polícia Civil.

Natural de Aquidauana, Waldison foi candidato a vereador em 2016 pelo Democratas. Ele teve 295 votos e ficou longe de se eleger.