Um filho que precisa de acompanhamento psicológico para lidar com o trauma, uma carreira na educação interrompida e familiares que buscam justiça. Foi o que restou da história de Telma Ferreira Rabero, 44 anos, assassinada a pauladas, na noite de 10 de abril, em Sidrolândia, pelo marido. Mais de dois meses depois, Jadir Souza da Silva, 51 anos, ainda está foragido.
A irmã de Telma disse que a família não consegue se recuperar emocionalmente e seus pais se sentem inseguros com o homem que, durante cerca de 20 anos, foi genro deles e, hoje, segue à solta.
“Nossa família é muito conhecida em Sidrolândia e ainda está abalada, sofremos muito. Ninguém consegue entender, até hoje. Principalmente, meus pais porque minha irmã era muito presente na vida deles. Todo final de semana ia para o sítio onde moram”, contou Silva Ferreira.
Na noite de 10 de abril, o casal teve uma discussão. Testemunhas relataram que a professora queria se separar, mas o autor não aceitava o fim do relacionamento. No dia dos fatos, uma vizinha acionou a Polícia Militar, depois de ouvir gritos na residência do casal. Quando os militares chegaram, Telma já estava morta e Jadir havia fugido.
O crime foi cometido na presença do filho de 10 anos da vítima que estava no quarto jogando vídeogame. “Meu sobrinho falou que saiu do quarto, mas o pai mandou voltar que era “assunto de adulto”. Ele ouviu ela pedindo socorro e não pode fazer nada. Hoje passa por acompanhamento psicológico”.
Telma foi agredida a pauladas e, em seguida, com um machado, Jadir golpeou fatalmente a cabeça da professora. “Ela caiu num corredor que é próximo ao portão, mas ele trancou para que ela não saísse. Jadir quebrou os braços e dedos da Telma. Acredito que minha irmã lutou com ele o quanto pôde. Quando saiu do quarto para pedir ajuda estava tudo trancado”, descreve Silvia.
O carro da vítima, usado pelo marido na fuga foi localizado em uma fazenda da região. Na época, a polícia recebeu informação de que o autor estava escondido no local. Os policias foram até lá e encontraram apenas o veículo abandonado. O autor se escondeu entre uma plantação e não foi possível localiza-lo.
“Talvez nossa dor amenize um pouco, quando ele for preso. A gente precisa de Justiça”, finaliza a irmã da vítima.
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