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Matança ordenada pelo PCC para controle da fronteira de MS chega a Campo Grande

Morto em execução na Gameleira, Juliano seria sobrinho de Jorge Rafaat

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JP foi assassinado a tiros (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

A disputa pelo ‘comando’ da região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, por Ponta Porã, chega a outros municípios após ordem de matança pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). O assassinato de Juliano Pereira, de 42 anos, o ‘JP’, nesta segunda-feira (30) em Campo Grande estaria relacionado à guerra na fronteira.

O Jornal Midiamax apurou que ordem teria partido da cúpula da facção criminosa, ordenando mortes a todos familiares e pessoas ligadas a Fahd Jamil e Jorge Rafaat, assassinado em 2016. Juliano, a princípio, seria um sobrinho de consideração de Rafaat e foi morto a tiros no início da manhã desta segunda-feira, no Centro Agroindustrial da Gameleira.

A princípio, haveria um preço para os assassinatos, de R$ 10 mil. No entanto, a ordem do PCC é para que sejam executados aqueles ligados a tais famílias, menos mulheres e crianças. Na última semana, homens ligados a Fahd foram assassinados e enterrados no Paraguai, o que teria sinalizado uma nova disputa pela fronteira.

Juliano já foi alvo de tentativa de execução quando estava preso em Ponta Porã, em 2015. Na ocasião, pistoleiros dispararam cerca de 10 vezes contra o presídio da fronteira. Juliano cumpria pena de 22 anos por homicídio, roubo e tráfico de drogas.

JP teria mandado assassinar a ex-mulher e a cunhada em 2017, no Paraguai, depois de descobrir que estariam envolvidas com membros do PCC. As vítimas foram encontradas decapitadas e carbonizadas em uma camionete.

A Polícia Civil deve tentar resgatar imagens de câmeras de segurança no presídio, que podem ter flagrado o momento do crime desta segunda-feira. O suspeito teria chegado ao local pilotando uma moto de cor vermelha. A Perícia apreendeu 12 cápsulas de pistola 9 milímetros e .40. Juliano morreu antes que tivesse tempo de ser socorrido.

Após o homicídio, detentos se aglomeraram e filmaram JP. “Ó o monstrão, o opressor aí, ó (sic)”, gritam. Entre outros xingamentos, eles voltam a comemorar: “opressor maldito. Maldito, vai pro inferno (sic)”.

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