Publicado em 25/09/2020 às 06:29, Atualizado em 13/09/2024 às 19:42
Criança de cinco meses foi resgatada e avó dela foi presa pelo Garras hoje em Ponta Porã.
Mulher que não teve o nome divulgado foi presa nesta quinta-feira (24) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, por sequestrar o próprio neto de cinco meses de vida para extorquir dinheiro. Ela simulou que também havia sido sequestrada com a criança, mas a mentira foi descoberta por policiais civis da cidade equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro).
O delegado do Garras Fábio Peró informou que a delegacia especializada foi acionada ontem à tarde por policiais de Ponta Porã e imediatamente começou a atuar no caso. Peró e sua equipe chegaram na noite de ontem a Ponta Porã, cidade vizinha de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
“Hoje de manhã já tínhamos convicção que a avó havia sequestrado a criança e falava que também estava sequestrada”, afirmou o delegado. O valor do resgate pedido pela sequestradora não foi informado.
Para chegar aos sequestradores, os policiais instruíram a família da criança e da avó a combinar o pagamento do resgate. Foi combinado local para fazer o pagamento e durante a suposta entrega do dinheiro os policiais prenderam a avó. “Esse valor jamais seria pago, era para atrair a autora até o dinheiro”, explicou.
Ao mesmo tempo em que os policiais do Garras faziam a prisão da avó, outra equipe, formada por policiais civis de Ponta Porã, abordou um taxista contratado pela acusada e chegou até outra mulher que estava com a criança em uma loja do Centro.
Segundo Fábio Peró, essa segunda mulher, que seria nora da avó da criança, não tem envolvimento no caso e apenas ficou com o menino a pedido da sogra. A avó está sendo autuada em flagrante por crime de extorsão mediante sequestro.
A polícia descobriu que ela tem dívidas de jogos em cassino. Neste ano ela já tinha simulado o próprio sequestro e a família teria pago pelo menos R$ 10 mil, mas não avisou a polícia. Dessa vez, a mulher levou o neto junto. O caso segue em andamento em Ponta Porã.