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Mulher morre após ser torturada por marido em Campo Grande

Vítima era mantida em cárcere privado e não tinha mais pele nas nádegas por receber choque elétrico

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Até momento, o autor não foi localizado (Foto: Portal R7/Arquivo)

Francielle Guimarães Alcântara de 36 anos de idade, morreu na madrugada de quarta-feira (26) após ser torturada pelo marido de 46 anos, na rua Cachoeira do Campo, bairro Portal Caiobá, em Campo Grande (MS). A vítima foi mantida em cárcere privado por aproximadamente 28 dias e, não tinha aparelho celular, para não ter contato com os familiares.

Conforme as informações, a vítima passou mal em sua residência e pediu ajuda do filho. Ele auxiliou a mãe a ir até o banheiro quando viu um comprimido na boca da mulher que em seguida o engoliu.

O adolescente não sabe dizer que remédio era, porém, afirmou que Francielle possuía problemas de saúde e fazia uso de muitos medicamentos. Como a vítima estava passando mal, o filho acionou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Durante o atendimento, foi constatado que a vítima não respondia e nem respirava há mais de uma hora. O caso estava sendo tratado como morte natural, mas após a perícia médica, foi constatado que a Francielle apresentava pelo corpo sinais de tortura como: as nádegas da vítima não tinham pele (por receber choque elétrico), equimose em região torácica, ferimentos na região cervical com edema periorbital e hematomas na região abdominal.

O caso foi repassado para 6ª Delegacia de Polícia Civil e, consequentemente, será encaminhada para Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Até o momento, o autor do crime está foragido. Segundo o delegado da 6DP, Camilo Kettenhuber, ele já tem passagens pela polícia.

Segundo o delegado, a motivação do crime seria uma suposta traição. Francielle teria confessado a traição e o autor teria ficado inconformado e, começou a agressões com a vítima.

O caso será investigado como feminicídio, violência doméstica e familiar tortura, se resulta em morte, sequestro e cárcere privado, se resulta a vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza de detenção, grave sofrimento físico ou moral.

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