Buscar

Mulher que convivia há 5 anos com suspeito de estupros sabia de crimes hediondos mas 'quis ajudar', diz polícia

Homem é acusado de estuprar 2 adolescentes e agredir bebê em MS

Cb image default

Imagem divulgada pela polícia de estuprar 2 adolescentes e agredir bebê em MS — Foto: DPCA/Divulgação

A técnica de enfermagem, de 54 anos, que há 5 convivia com o homem suspeito de estupros, em Campo Grande, prestou depoimento e alegou que sabia de crimes hediondos cometidos "do passado" cometidos por ele. No entanto, a mulher disse não imaginar que ele ainda estaria cometendo infrações.

"Ela falou que sabia que ele ficou 8 anos preso, em regime fechado, por crimes hediondos. Esse é o termo que foi usado por ela no depoimento. A mulher ainda disse: eu quis ajudar", afirmou ao G1 a delegada Anne Karine Trevisan, responsável pelas investigações.

Ainda conforme o depoimento da técnica de enfermagem, ela e o suspeito se conheceram no presídio e mantiveram contato por rede social. Além dela, os policiais também estiveram na casa da mãe do suspeito. No local, a idosa informou não ter informações do paradeiro dele.

Nesta quarta-feira (11) a delegada também informou que pretende ouvir colegas de trabalho do suspeito. "Algumas pessoas do lugar onde ele trabalhava foram intimadas. Vamos verificar as faltas dele também. Outra pessoa que deve prestar depoimento novamente é a mãe das vítimas", ressaltou Trevisan.

Foragido da Justiça

José Maria Rodrigues Pereira, de 41 anos, apelidado de “Faustão”, teve o mandado de prisão decretado no início desta semana e é considerado foragido da Justiça. Ele é apontado como o homem que estuprou duas irmãs, de 13 e 16 anos, além de agredir um bebê de um ano de idade - irmão das adolescentes, em uma casa no Jardim Colorado.

Também foram divulgadas pela polícia várias fotos do suspeito. Pereira é foragido do sistema aberto de Campo Grande, onde cumpria pena pelos crimes de furto, roubo e estupro. Sua condenação é de 1998.

Entenda o caso

O caso mais recente ocorreu há 5 dias. Segundo à polícia, o suspeito esperou a mãe das adolescentes e do bebê sair de casa para pular o muro e invadir o imóvel. Logo após trancar o portão, uma das meninas foi abordada por Pereira, já dentro da cozinha da residência.

"Ele usava facas para ameaçá-las, usou a corda de uma rede para amarrá-las, as agrediu fisicamente, estuprou a mais velha e obrigou a mais nova a filmar. Depois praticou atos libidinosos com a mais nova [o que caracteriza o estupro de vulnerável]. Ele também deu um tapa no rosto do bebê de 1 ano que estava chorando. Usou de bastante violência, esse é o modus operandi dele, os estupros que ele já responde têm essa característica na forma dele atuar", ressaltou na ocasião a delegada.

Conforme Anne Karine, o homem invadiu a casa, rendeu as vítimas e em meio aos abusos e ameaças ainda comeu bolo e bebeu leite, espalhando suas digitais por toda a casa. Somente depois é que ele encontrou uma caixa de luvas cirúrgicas, da mãe das vítimas, que é técnica de enfermagem.

Depois de cometer o crime, à polícia diz que o homem deixou uma das adolescentes amarradas, roubou alguns objetos da casa, jogou a chave dentro do imóvel e mandou que elas contassem até 200. Aterrorizadas, as vítimas obedeceram. Contaram, depois se soltaram e conseguiram pedir ajuda.

Segundo a polícia, quem quiser fazer denúncias do paradeiro de José Maria pode ligar no telefone: (67) 3323 - 2500. O sigilo é garantido.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.