Publicado em 22/09/2015 às 21:08, Atualizado em 26/10/2016 às 13:08
Entre os detidos está um ex-jogador de futebol, segundo apurou a RBS TV.Segundo investigação, grupos usavam casas de câmbio como fachadas.
A Polícia Federal prendeu 22 pessoas nesta terça-feira (22) em quatro cidades catarinenses e uma no Rio Grande do Sul, durante a operação Ex-câmbio, que apura crimes financeiros. Foram 18 presos em Itajaí, no Vale, dois em Dionísio Cerqueira, no Oeste, um em Chapecó, na mesma região, e outro em Joinville, no Norte. Houve também uma prisão em Porto Alegre. A ação envolveu ainda o Paraná.
As investigações da PF indicam que os envolvidos fazem parte de quatro organizações criminosas. Os grupos investigados usavam casas de câmbio como fachada para crimes financeiros.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos presos, mas a RBS TV apurou que entre os detidos está o ex-jogador Fábio Pinto, que atuou em times como Grêmio e Internacional. O G1 não conseguiu localizar a defesa do ex-jogador. Não há informações sobre os motivos da prisão nem onde ele foi preso.
R$ 2,4 bi ao anoA PF calcula que o esquema tenha movimentado US$ 600 milhões por ano, o equivalente a R$ 2,4 bilhões.
Entre as fraudes estão o uso de CPFs sem o conhecimento dos proprietários para emissão de boletos e transferência de recursos (boletagem), sem cair na fiscalização. De acordo com a PF, os suspeitos usavam laranjas para compra de imóveis e carros de luxo, além da movimentação de contas bancárias.
De acordo com a PF, foram apreendidos R$ 1,24 milhão em espécie e em cheques, além de US$ 40 mil. Em Balneário Camboriú, no Litoral Norte, agentes encontraram o equivalente a US$ 300 mil em notas de real e dólar escondidos dentro de um ursinho de pelúcia.Também foram apreendidos pelo menos 20 carros, e bloqueadas judicialmente 87 contas bancárias.A PF informou que todos os 68 mandados de busca foram cumpridos, mas que não estão descartadas novas apreensões. As investigações continuam, informou a Polícia Federal.
A operação mobilizou 280 agentes desde as 6h da manhã. A Polícia Federal também contou com auxílio da Interpol, a polícia internacional.