Publicado em 03/10/2013 às 09:36, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15
Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA) foram flagrados em conversas com chefe de quadrilha que fraudava fundos de pensão
Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA) foram flagrados em conversas com chefe de quadrilha que fraudava fundos de pensão; inquérito foi remetido ao STF
A Polícia Federal (PF) suspeita que deputados estejam envolvidos no esquema de fraudes em fundos de pensão municipais desarticulado na Operação Miquéias, deflagrada em 19 de setembro. Segundo o despacho do desembargador Cândido Ribeiro, a PF flagrou conversas dos deputados federais Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), dentre outros, com o doleiro Fayed Antoine Traboulsi, acusado de chefiar a quadrilha.
Gomes, que atualmente está licenciado e ocupa o cargo de secretário estadual de Esportes e Lazer de Tocantins, teria recebido comissão da organização investigada. De acordo com o inquérito da Operação Miquéias, uma agenda do doleiro registra suposto pagamento ao congressista.
Supremo Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes, afirmou o desembargador Ribeiro em seu despacho.
Em nota divulgada à imprensa de Tocantins, na semana passada, Eduardo Gomes negou irregularidades e explicou ter conhecido o doleiro há dois anos, quando não pesavam suspeitas sobre ele. Nesta quarta, os parlamentares não foram encontrados para comentar as suspeitas.