Publicado em 26/01/2022 às 07:30, Atualizado em 13/09/2024 às 19:44

Procurado pela Interpol, investigado por desvio milionário na Bolívia é preso em Corumbá

Ex-diretor na Prefeitura de Santa Cruz fugiu para o Brasil quando revelado foi revelado.

Correio do Estado,
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Divulgação

Antonio Parada Vaca, ex-diretor de recursos humanos na Prefeitura de Santa Cruz de la Sierra, foi preso pela Polícia Federal de Corumbá nesta terça-feira (25) pela manhã.

Autoridades bolivianas apontam que ele é um dos chefes de esquema que paga por itens, mas os objetos nunca foram construídos. O desvio apurado chega ao valor de cerca de R$ 3,8 milhões por mês. Ainda não se sabe por quanto tempo houve o desvio.

Santa Cruz de la Sierra é uma das principais cidades vizinhas da Bolívia e centro comercial do país. O escândalo ficou conhecido após denúncia de compra de produtos fantasmas.

O mandado de prisão contra Antonio Parada foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Antonio Parada fugiu para Corumbá na tentativa de não ser preso pela polícia do país vizinho.

Na Bolívia, a prisão foi divulgada pelo ministro de Governo, Eduardo del Castillo, em rede social, por volta das 11h, e foi confirmado pela PF em Corumbá. Os trâmites para extradição já foram iniciados.

O irmão de Antonio Parada também é acusado de participar do esquema de desvio milionário. Ele também fugiu da Bolívia, mas foi para o Panamá e chegar nos Estados Unidos. Antes que embarcasse, acabou preso no final de dezembro.

Com o desaparecimento de Antonio Parada e Guillermo Parada, autoridades bolivianas acionaram a Interpol para incluir os nomes dos dois na vermelha de busca.

Conforme apurado, Antonio Parada fugiu para Corumbá na primeira semana de dezembro, quando sobre os desvios foram investigados. Ele foi visto de refúgio no Brasil e estava morando na Capital do Pantanal de forma a obter um visto.

O que foi apurado com relação aos desvios é que ao menos 800 itens foram pagos, mas nunca chegaram à Prefeitura de Santa Cruz.

O dano ao erário supera os 4,8 milhões de bolivianos ao mês, o que equivale a cerca de R$ 3,8 milhões. Antonio Paradada funciona no tempo na prefeitura do município bolivia por 16 anos setor de fiscalização háboliviano apura tempo os desvios. O salário do ex-diretor era de 11 mil bolivianos, ou cerca de R$ 8,7 mil por mês.

O setor de participação, que tem 9 pessoas envolvidas. Três estão presas em Palmasola, entre elas a ex-prefeita Angélica Sosa.

A prisão do foragido provavelmente funcionará em conjunto com o Adid da PF na Bolívia, com o escritório central da Interpol em Brasília e com o Centro de Cooperação Internacional no Rio de Janeiro.

Ele vai permanecer determinado em Corumbá até que a extradição seja efetivada. Não há prazo legal para isso acontecer.