Está marcada para a próxima terça-feira (7) a primeira reunião da CPI da Enersul na Assembleia Legislativa. A previsão é que os deputados elejam a presidência e, por sua vez, seja indicado o relator dos trabalhos. A reunião deve confirmar Paulo Corrêa (PR) como presidente da CPI.
Mesmo contrariado, Marquinhos Trad (PMDB), o proponente da investigação, admitiu nesta quarta-feira (1º) que dificilmente comandará a comissão.
E mais: o peemedebista indica, até, a possibilidade de ficar sem a relatoria. Nunca vi uma CPI não ser presidida por quem a propõe, não sei qual a justificativa par não nos deixar ser presidente ou relator.
Corrêa, oficialmente, diz ainda ser cedo para dar a vitória como certa. Beto Pereira (PDT), o segundo do bloco parlamentar indicado para a CPI, já declarou apoio ao colega do PR e disse que todos os demais integrantes têm interesse na relatoria.
Já tem muita gente brigando de foice e machadinha pela presidência, pondera Pedro Kemp (PT). Ele evitou dizer quem apoiará para o cargo e disse não estar pleiteando nada em relação à relatoria, mas quer participar ativamente da CPI.
O anúncio da primeira reunião da CPI da Enersul foi feita por Onevan de Matos (PSDB). Como mais velho do time, ele tem a incumbência regimental de marcar o início das atividades.
A ascensão do bloquinho ao comando da CPI reflete os interesses do próprio governo, que pediu calma aos deputados para não haver pré-julgamentos. Tanto Corrêa quanto Beto reclamaram, na sessão desta quarta, falta de acesso ao relatório da auditoria feita pela PWC (Pricewaterhouse Coopers) que embasa o pedido de investigação.
O pedetista disse que é preciso evitar avaliações preliminares antes de saber os detalhes sobre o já apurado. Se já houvesse (condenação) não precisaria de uma CPI, só executar a pena, que não é nossa função, emendou.
Por que só uma pessoa sabe desse relatório? Se tem denúncias, tem que ser públicas, reclamou também Corrêa. Trazer à tona o tal documento da PWC seria o primeiro passo, na visão dele, para as investigações da CPI.
Marquinhos reagiu às reclamações dos colegas. Disse que faltou interesse dos deputados em ter acesso à documentação: não tem justificativa dizer que não tiveram acesso.
O peemedebista defende que, primeiro, sejam chamados os autores do relatório de auditoria para apresentarem conteúdo comprobatório das conclusões. Ele cita como exemplo um saque de R$ 185 milhões da empresa e questiona o paradeiro do dinheiro.
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