Denúncia contra Bolsonaro repercute na imprensa internacional e preocupa aliados nos EUA

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas teve grande repercussão na imprensa internacional nesta quarta-feira (19). Entre os denunciados estão o general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

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O ex-presidente é acusado de cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia agora está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se Bolsonaro e os demais suspeitos se tornarão réus.

Repercussão na imprensa internacional

Nos Estados Unidos, o jornal The New York Times destacou a gravidade da acusação contra Bolsonaro, ressaltando que ele teria comandado “um vasto esquema para se manter no poder após perder as eleições de 2022”. O veículo também apontou que a denúncia coloca o Brasil em um momento decisivo para sua democracia.

Já o jornal britânico The Guardian afirmou que a notícia foi bem recebida por setores progressistas brasileiros, que criticam a gestão de Bolsonaro por sua condução da pandemia de Covid-19 e ataques às minorias. Segundo a publicação, a denúncia reforça a polarização política no país.

Aliados de Bolsonaro demonstram preocupação nos EUA

A denúncia contra Bolsonaro também gerou apreensão entre seus aliados no exterior. De acordo com informações do Painel, da Folha de S.Paulo, Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, expressou preocupação ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre o impacto da denúncia.

Bannon teria alertado que a acusação pode enfraquecer a direita brasileira e afetar o movimento conservador internacional. Rubio, por sua vez, concordou com a avaliação e afirmou que a denúncia não seria bem vista pelo governo Trump, caso o republicano vença as eleições nos EUA.

Enquanto isso, Bolsonaro e seus aliados seguem buscando estratégias para responder às acusações e mobilizar apoio político dentro e fora do Brasil.