Publicado em 30/04/2014 às 15:10, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15
Acontece nesta quarta-feira, 30 de abril, na Câmara de Vereadores de Campo Grande a Sessão Solene em comemoração ao Dia da Empregada Doméstica. A data foi instituída na Casa de Leis por meio da Lei Municipal n° 5.208/13, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro.
Na ocasião cada vereador (a) irá homenagear uma trabalhadora. A sociedade brasileira está deixando décadas de preconceito para enfim respeitar as empregadas domésticas e, Campo Grande, precisa valorizar o trabalho doméstico, assim como tem feito com outras profissões, comentou a vereadora.
No dia 27 de abril comemora-se o Dia da Empregada Doméstica, a referida data é uma homenagem à padroeira das domésticas, Santa Zita, que nasceu em 1218 na cidade de Lucca, Itália, que trabalhou como empregada doméstica para uma família de nobres, trabalhou muito e ajudou aos mais necessitados, foi canonizada em 1696.
Atualmente no Brasil tem 7,2 milhões de empregados domésticos, sendo 6,7 milhões de mulheres e 504 mil homens, e aparece como o país com a maior população de trabalhadores domésticos do mundo em números absolutos, segundo estudo feito em 117 países e divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com o relatório da OIT, 17% das mulheres que trabalham no Brasil realizam tarefas domésticas, percentual um pouco abaixo do registrado em países vizinhos como Argentina (18,3%) e Uruguai (18,5%), além de Costa Rica (17,3%) e Ilhas Cayman (17,3%), na América Latina e Caribe, e maior, por exemplo, que Chile (14,3%), Colômbia (13%), Venezuela (14,4%) e México (10,3%).
No Brasil, somente em 1972, pela Lei Federal n. 5.859 que foi estabelecida atividade doméstica como profissão, e atualmente com a Emenda Constitucional n. 72/2013, o trabalhador doméstico, e em especial a empregada doméstica, passou a ter os mesmos direitos que o trabalhador urbano e rural, conforme art. 7º da Constituição Federal.No que tange a imprescindibilidade da atividade doméstica, a legislação brasileira está procurando acompanhar a evolução social, pois principalmente as mulheres que realizam este tipo de atividade estão conseguindo galgar espaços no mercado de trabalho por ter a profissão de doméstica. A sociedade brasileira está deixando décadas de preconceito para enfim respeitar a opção profissional destas mulheres, comentou a vereadora.