Publicado em 01/09/2025 às 09:44, Atualizado em 01/09/2025 às 13:47
Partido avalia nome da ministra, mas eleitorado sul-mato-grossense já demonstrou frustração com velhas promessas
Simone Tebet com o presidente Lula. (Foto: Ricardo Stuckert)
O Partido dos Trabalhadores (PT) acena para a possibilidade de lançar a ministra do Planejamento, Simone Tebet, como candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul em 2026. A ideia, ainda embrionária, passaria por uma reunião futura com a própria ministra, numa tentativa de construir uma candidatura de peso no estado.
PT aposta em um nome gasto
A estratégia, no entanto, soa contraditória. O PT, que se apresenta como alternativa de renovação e proximidade com a base popular, cogita apostar em uma figura que já acumula rejeição em seu reduto. Simone Tebet, apesar da visibilidade conquistada após apoiar Lula em 2022, não consegue mais empolgar o eleitor sul-mato-grossense.
Redes sociais como termômetro
Nas redes sociais, o sentimento é claro: Tebet virou decepção para muitos que um dia confiaram em sua trajetória política. O mesmo vale para a senadora Soraya Thronicke, que surfou na onda bolsonarista em 2018, mas hoje enfrenta críticas severas. Ambas simbolizam, para boa parte do eleitorado, promessas não cumpridas e uma política que não dialoga mais com as necessidades locais.
Risco de repetir erros
Ao apostar em Tebet, o PT pode estar insistindo na velha lógica das alianças pragmáticas, que rendem manchetes, mas não votos. O eleitorado do Mato Grosso do Sul já demonstrou cansaço com nomes tradicionais que mudam de discurso conforme a conveniência. A pergunta que fica é: o partido busca de fato uma conexão com o povo do estado ou apenas uma candidatura vistosa para a disputa nacional?
