O coração, o fígado e um dos rins de Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos, que sofreu morte cerebral após ser atropelado na madrugada de sábado (25), foram captados na Santa Casa de Campo Grande e já estão a caminho de São Paulo. O outro rim do jovem será transplantado no mesmo hospital da Capital.
O coração, o fígado e um dos rins de Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos, que sofreu morte cerebral após ser atropelado na madrugada de sábado (25), foram captados na Santa Casa de Campo Grande e já estão a caminho de São Paulo. O outro rim do jovem será transplantado no mesmo hospital da Capital.
‘Operação de guerra’ – A captação dos órgãos começou a ser organizada às 23h de ontem (27), depois que foi confirmada a morte cerebral de Lucas. O trabalho mobilizou ao menos 50 profissionais – 21 deles estavam na sala de cirurgia da Santa Casa nesta manhã.
A equipe do Incor veio até a Capital por um avião fretado pelo Governo do São Paulo e os médicos responsáveis pela captação do fígado foram trazidos pela FAB (Força Aérea Brasileira).
O cirurgião transplantador do Incor explicou que o coração é o órgão mais delicado, tem prazo de quatro para ser transplantado.
A cirurgia na Santa Casa começou por volta das 10h30 e terminou pouco depois do meio-dia. Em São Paulo, segundo o médico, o coração é levado sob a escolta da equipe de batedores da PM (Polícia Militar) para chegar o mais rápido possível no Incor.
“Mas nada disso não seria possível se a família não tivesse a Bondade o amor ao próximo que eles tiveram. Mesmo neste momento de dor eles entenderam o gesto e estão compartilhando os órgãos do filho dele”, afirmou Ronaldo Honorato.
O médico aproveitou para fazer um apelo a outras famílias. “Quanto mais órgãos forem doados, maiores chances de transplantes, 40% dos receptores morrem a espera de órgãos na fila”, destacou.
O acidente - Lucas foi atingido por um Hyundai HB20, conduzido pelo estudante de Medicina de 24 anos, preso por embriaguez no momento do acidente. A vítima atravessava a via na faixa de segurança, localizada na Ceará com a Rua Euclides da Cunha, quando foi atropelada pelo acadêmico que, segundo testemunhas, dirigia em alta velocidade. Lucas acabou arremessado a cerca de 10 metros.
O sinal estava verde para o HB20. Rodrigo não negou socorro, mesmo assim, o delegado que atendeu a ocorrência resolveu manter o motorista preso porque teste do bafômetro comprovou embriaguez. O acadêmico foi solto na mesma noite da prisão, após pagar fiança de 54 salários mínimos, o equivalente a R$ 50.598.
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